Conto: Sobre não aceitar

- Estou esperando.


- Esperando o que?


- Você não tem nada pra me dizer sobre o que aconteceu?


- Não.


- Tem certeza?


- Tenho.


-Então, você quer ficar assim? Entre nós?


- Não quero, mas não quero ficar ouvindo você falar. 


- O que quer dizer com isso?


- Você tá ai sempre falando. Sempre me criticando. 


- Não vou permitir que você me trate da forma que que quer. Se você quer alguém boazinha que abaixe a cabeça pra tudo que disser, sugiro que procure outra pessoa.


Ele bufa e fica silêncio. Ficamos assim por uns 2 minutos.


- É isso que você quer? - digo


- Eu quero você - ele diz


- Então, você vai ter que aceitar que eu não serei tratada assim.


- Você é muito insistente.


- Insistente?


- É. Quando eu não quero falar. Não fica me ligando, Me mandando mensagem. Me deixa sozinho.


- Eu não sou clarividente. Não tenho poderes mágicos e nem sei ler sua mente, então se você não me disser eu não vou saber. Você tem direito de querer ficar na sua. De ter raiva. Mau humor. Mas, eu não posso ser penalizada por isso.  


- Você é sempre a certa.


- Isso é uma ofensa? Se for, pra mim não soou. Eu aprendi muitas coisas levando muito na cara. Perdoando e me culpando por coisas que não eram minha culpa. E sim, eu sou insistente. Mas, se eu não fosse insistente, ainda estaríamos juntos?


- Eu não sei. 


- Se eu te devolvesse na mesma moeda, com certeza você teria terminado comigo. Mas, se você quer ter certeza, tenta a sorte. Termina comigo. Acha uma bobinha pra abaixar a cabeça pra você que eu duvido muito. Ou quando achar outro alguém, na primeira que você for grosso, a pessoa te manda para aquele lugar e some. É assim que as coisas estão hoje em dia.


-Não quero perder você.


- Então para de me dar motivos para querer sair da sua vida. Em um relacionamento, ambos tem que ceder, fazer algo que não gosta pelo outro, se permitir, reconhecer o erro, conversar e tentar aprender.  Se você não tá disposto a isso...então não há o que fazer.


- Você tá dizendo pra terminarmos?


- Não. Apenas que certas coisas nem o amor segura. Relacionamento é trabalhoso. É chato. É preciso dedicação de ambos. 


- Fica comigo. Não vai embora.


- Não quero ir. Mas prometi pra mim há muito tempo atrás que não me humilharia por mais ninguém. E por mais que eu te ame, se chegar ao ponto de eu ter que me humilhar porque você me magoou, não voltarei mais atrás.



Ele fica em silêncio e eu também. Uma lágrima escorre pelo meu rosto enquanto eu rezo para que ele tenha ouvido. Porque não quero estar errada de novo. Não quero sofrer de novo. Eu mereço mais. 

Filme: Todos Menos Você


Filme: Todos Menos Você
Título Original: Anyone Bu You
Lançamento: Janeiro de 2024
Duração: 1 hora e 44 minutos
Gênero: Comédia Romantica. Romance
Nota: 2,8 de 5
Onde assistir no momento? Max


Sabe aqueles filmes que você cria uma GRANDE expectativa e quando finalmente consegue assistir se frustra? É o que aconteceu neste caso. O longa viralizou bastante no tik tok com uma trend envolvendo uma música que estourou lá nos anos 2008,2009 junto com um vídeo com a pessoa em questão saindo do cinema feliz com o namorado (a) depois de assistir esse filme. Ai eu pensei " nossa esse filme deve ser realmente muito maravilhoso", mas com muita paciencia esperei o mesmo sair de cartaz e ir pro streaming e ele acabou entrando para o catálogo da MAX e ai quando acabou que minha frustração ficou presente.

A premissa do filme é extremamente clichê, Bea e Ben se conhecem em uma cafeteria e tem um primeiro encontro até bacana, até que ela escuta um comentário negativo sobre ela, e ele entende a atitude ela como imatura. Resumindo: os dois acabam se afastando e consequentemente se odiando. Mas, quando os dois são obrigados a se reencontrar e se reaproximar devido amigos em comum e um casamento na Austrália, ambos decidem fingir que estão juntos para que as pessoas ao seu redor parem de ficar forçando um relacionamento entre eles. É tudo fingimento até que um sentimento começa a surgir desta relação. Será que eles se gostavam de verdade?

Tanto se falou e falou desse longa mas a verdade é que TODOS MENOS VOCÊ não é tudo isso não. O longa não chega nem perto de ser uma daquelas comédia romanticas que você quer assistir várias vezes. Não estou dizendo que o filme é ruim, a verdade é que simplesmente ele não tem nada demais. E quando eu digo nada demais, é nada demais mesmo. A quimica do casal de atores de principais é ok, nada muito envolvente. A história não tem nada de muito relevante, ela até começa bem com alguns pontos muito bacanas, mas se perde no meio do caminho com a intromissão dos amigos e família, e a tal rivalidade que se forma entre eles conforme o longa vai se desenvolvendo.  Eu queria muito ter gostado mais desse longa e definitivamente ter uma opinião mais positiva sobre o mesmo, mas considerando todo o hype que colocara em cima de longa, não creio que ele tenha atingido as expectativas.

Definitivamente o longa é uma junção de vários elementos cliches ja vistos em outros filmes do genero, e se percebe que foi feita uma tentativa honesta de trazer novamente aquela essencia boba, bacana e fofinha dos filmes de comédia romantica dos anos 2000 e confesso que em alguns momentos até funcionou, mas não como deveria. O filme rende umas risadas, alguns momentos legais, mas não entrega o romance esperado. Com toda a certeza, falta um pouco de emoção, um pouco mais de desenvolvimento em algumas coisas e menos em outras. É legal, não chega a ser fofo nem muito menos emocionante. É só um filme ok. E é isso. 








Filme : Lilo e Stitch ( Live action 2025)




Filme: Lilo e Stitch
Lançamento: 22 de maio de 2025
Duração: 1 hora e 48 minutos
Gênero: Animação, Família
Nota: 3,5 de 5
Onde assistir? Cinemas
Produção : Disney
Baseado na animação de 2002


Finalmente chegou o dia, e agora podemos falar de um dos filmes mais esperados de 2025. É verdade, que a Disney tem perdido a mão com alguns live actions e depois do fracasso e hate de Branca de Neve, criou-se grande expectativa em cima desse longa.

Se você é adulto, e fã da Disney sabe muito bem do que se trata o longa. Baseado na animação de 2002, um alienigena chamado de experimento 626 criado por um cientista para destruir chamado Jumba. Quando o experimento escapa em uma nave e vai acabar parando na terra, Jumba e Pigley são enviados para captura-lo. Porém, o animal que não é identificado é adotado pela pequena Lilo e sua irmã mais velha Nani que estão passando por problemas familiares. Enquanto, Stitch causa confusão em suas vidas, elas precisam lidar com todos os problemas para mostrar que são uma família.

Há certas coisas que o próprio pessoal da Disney confirmou que não é possível passar pra um live action porque ficam inviáveis. Em uma animação é sempre mais fácil desenvolver as coisas, mas quando passam-se para o mundo real , ai já fica mais difícil e com isso o longa tem certas diferenças, com cenas novas, alguns personagens novos  e mudanças com relação a animação.

A escolha dos atores foi satisfatória para os personagens da Lilo, Nani e Dave. Eles interagem muito bem entre si e criam uma conexão muito fofa de se ver. Aqui, deu pra notar que a Disney preferiu exaltar alguns pontos deixando outros de lado, sendo assim alguns personagens perderam seu ar da graça.

Os live actions da Disney normalmente aprofundam uma relação que na animação original não foi tão explorada ou foi muito rápida como em Cinderella ou Branca de Neve. Em Lilo e Stitch, focaram bastante na relação de irmãs das duas, e da forma como a Nani queria ir atrás dos seus sonhos sem deixar a Lilo pra trás.

Os esforços da Disney foram todos para deixar o Stitch, o mais fofo possível. E conseguiram. E não deve ter sido uma tarefa fácil já que o bichinho é bem atentado e agitado. Entendi porque algumas mudanças foram feitas, e apesar de parte de muitas e muitas cenas estarem lá, a essência do filme é um pouco diferente da animação.

Com o hiper foco na Lilo, no Stitch e na Nani, alguns personagens ficaram muito apagados e suas participações meio alteradas como o Cobra Bubbles, Pingley e o Jubba. Esses antagonistas traziam um ar de comédia pro filme além do Stitch, mas aqui ficaram de lado. O bubbles quase não aparece, mudam totalmente seu objetivo e o Jubba e o Pigley então? Perderam meio que a graça. Eles até são engraçadinhos, e achei inteligente a escolha de usarem a ideia de eles ficarem disfarçados como humanos porém a graça era eles serem alienigenas que vestem roupas de humanos e falam frases iconicas com contexto.

Aqui, as coisas ficam meio mornas. A Disney se esforçou para que o Stitch parecesse mais um bichinho desobediente, do que realmente um ser que quer causar destruição e caos. A Lilo consegue doma-lo muito facilmente nesse longa, e percebemos que o foco é vender o Stitch como animalzinho fofinho.

Até a cena do disco que era pra ser mais engraçada por conta da cara de espanto de Nani, foi modificada e meio apagada. O que nos pega são os momentos criados que estão ali, as principais partes da animação assim como as falas estão presentes trazendo nostalgia, e o vínculo forte de ser um filme com mensagem familiar é muito reforçado. As relações da Lilo com as amigas que a excluem também foi diminuida. A Mirto do desenho foi meio que esquecida já que algumas cenas com ela nem acontecem sabe? E a parte da Lilo ser briguenta era a parte engraçada.

Então, Lilo e Stitch não é uma cópia da animação em questão de cena por cena, porque é literalmente impossível fazer isso, ele tem suas próprias diretrizes, mas deixa tudo muito mais fofo com a interação da pequena Maya com o Stitch, e momentos leves e fofinhos para guardar na memória. Esperava um pouco mais na verdade, porque minha expectativa estava alta, e entrou na lista dos melhores lives actions da Disney, mesmo com alguns pontos menores que ainda fazem a animação sair na frente e ser melhor do que essa adaptação. Vale a pena o ingresso. Você vai querer abraçar e apertar o Stitch e é isso que a Disney quer.









Filme: Vingança ( 2017) de Coraline Fargeat

 


Filme: Revenge
Título no Brasil : Vingança
Lançamento: Junho de 2018
Duração: 1 hora e 53 minutos
Gênero: Ação, Suspense
Onde assistir: Streaming da Mubi e por enquanto no Prime Video
Nota: 3,5 de 5

Vingança foi o primeiro filme dirigido por Coraline Fargeat ( a substancia ) e já chamou bastante atenção na época que foi lançado. Eu já tinha assistido o filme, porém assisti de novo pra ele ficar fresquinho memória e vir aqui passar as minhas considerações para vocês. Antes, de falar de tudo, vamos falar do enredo?

Três homens casados e rico fazem anualmente um tipo de caçada no deserto. Um deles, acaba levando uma amante Jennifer. A garota, envolvida com um deles acredita que está ali apenas para fazer companhia para ele alguns dias. Mas, quando os outros dois sócios aparecem  um deles parece muito interessado em Jennifer. Aproveitando a saída do outro, ele estupra Jennifer que fica revoltada e acredita que o cara que ela estava saindo a protegeria. Porém, ele faz pouco do caso e quando ela ameaça contar a esposa, ele a empurra de um penhasco. Jennifer cai sobre um galho, mas milagrosamente não morre. E diante de todas as circunstancias e estar em um deserto ela faz  de tudo pra sobreviver e ter sua vingança contra eles.



Vingança me despertou vários sentimentos, e depois de ter assistido a substancia dá pra notar que alguns elementos são marcas de direção de Coraline que aqui, quer demonstrar como os homens usam da mulher para o que desejarem, e depois quando se cansam ou elas não tem o comportamento adequado eles simplesmente acabam com elas. Confesso, que foi difícil assistir Jennifer. O abuso. O quanto ela sofreu pra sobreviver e tudo que se passou depois. Se você espera algo como a substancia já te aviso, não tem nada tão gore, mas não deixa de ter uma violência já que Jennifer não será dará por satisfeita depois de tudo que fizeram com ela.


Aqui há muito simbolismo como há em a substância e uma espécie de caçada já que eles precisam silencia-la. Enquanto isso, ela tenta fazer o mesmo. O filme parece devagar mas tem seus méritos com sua mensagem. Se todas as garotas pudessem ter vingança de homens que acham que mandam em seus corpos e principalmente não se conformam com o nao. Ou com os homens que veem e não fazem nada. Há tantas variantes aqui. Eu torci pela Jennifer e quis sua vingança mais do que tudo e o roteiro gera uma certa tensão te permitindo ainda mais entrar na causa dela e torcer para que ela sai dessa viva e ainda mais forte.



É um filme forte, violento , com muitos simbolismos e perfeito pra você que adora longas com caçadas ou perseguições. Não espere nada muito terror. Esse não é o ponto aqui, mas vemos que a diretora tem uma marca que é evidenciar as mulheres e os principais problemas que temos no mundo. Vingança mostra que os homens querem ser predominantes, que comem as mulheres com os olhos, não aceitam não e acham que todas devem cumprir e obedecer suas ordens sem reclamar. Assistam.

Texto: Acordei com vontade de falar

 

A luta contra minha mente está muito cansativa. Sabe, quando você sabe que tem potencial pra algo, mas não consegue fazer nada pra que algo aconteça? Sou eu. Destinada ao fracasso. E mesmo assim, tentando pensar positivo. Tentando ser menos vítima de mim mesma. Na maior parte do tempo, me desculpe eu nem quero levantar da cama. E estou pedindo desculpa, porque a sociedade não gosta de ouvir sobre isso. Sempre há uma brecha pra criticar quando você se abre. Se você chora. Se você engorda. Se você fracassa. Se você erra. Há sempre alguém que vai falar que é força de vontade. Que as pessoas hoje em dia não tem mais força pra nada. E realmente, estamos cansados. De ter que aguentar com a cabeça baixa. De ouvir falarem o que quiser e deixar por isso mesmo. Não posso engordar se não eu não sou aceita. Ninguém aceita gente acima do peso e essa é a dura verdade. A aparência que conta. 


Outro dia, estava assistindo um storie de um rapaz que é famosinho apenas por " ser bonito, tirar a camisa e sensualizar de forma indireta " para que comentem e curtam os vídeos dele. Perguntaram na caixinha dele se a aparência contava e ele disse " conta e muito". Em outra caixinha perguntaram se ele ficaria com as chamadas "gordinhas" termo fofo para que não ofenda quem está acima do peso . E a resposta dele foi " não, não ficaria porque não combina comigo. Não ficaria com uma pessoa que não liga pra sua vida e só vive comendo besteira ". E tá ai a prova. Ele não é o primeiro, nem o segundo, nem o último. Eu mesma já tive comentários assim. As pessoas nem ao menos querem saber que seu ganho de peso resulta de uma doença que você está tentando controlar. Não importa. O que importa é você estar na aparência que querem, que seja  desejável. Usei esse moço de exemplo porque é reflexo da sociedade. E sim, ele tem direito de escolha. De escolher o que atrai ele. Mas, a partir do momento que ele diz que quem está acima do peso só come porcaria e não liga pra vida, me diz muito sobre o caráter dele e o pensamento também. 


Você quer alguém que só liga para aparência? Não sejamos hipócritas, todos sabemos que a atração inicial vem da aparência, mas dizer que se você não está no peso ideal é porque você não liga para sua vida, me deixou muito triste. Eu e Deus sabemos que eu não queria estar acima do meu peso. O quanto de olhares tortos, comentários e isolamentos já me deixaram. Deixei de ser convidada para lugares por isso. Somente por conta do meu peso.  


E infelizmente, pra esse rapaz e pra quase toda a sociedade eu ser legal, inteligente, ter boa conversa, ter bom coração, me vestir bem ou até ser bonita não faz a mínima diferença se eu não atingir o padrão. É assim que é. E somente quem sente isso sabe que isso nunca vai mudar, porque as pessoas não dão a mínima. Eu lembro que esse rapaz respondeu a pergunta com um certo tom de desdém e sarcasmo. Isso me deu um tapa na cara. Porque a generalização que ele fez não é a minha vida. E dói saber que ele e muitas pessoas pensam da mesma forma. 


Não é sobre a opinião das pessoas, mas sim sobre as oportunidades que você perde por isso. É sobre as palavras pelas costas que te machucam inclusive de líderes da sua empresa. É sobre as risadas e os comentários maldosos. É sobre perceber que é triste viver em uma sociedade que tem pessoas assim.  Se me perguntarem porque estou assim, uma parte seja por isso e a outra parte? Talvez eu nem saiba responder.


Só queria desligar todas as vozes da minha cabeça. Ficar um pouco em paz. Adormecer profundamente. To questionando tudo e todos. Não entendi. Não consigo entender. Só queria descansar, parar de me importar com as coisas que não merecem. Sou problemática admito, mas  já viu por ai quantas pessoas estão exatamente assim?


E pra você, rapaz do vídeo, você tem o direito de ficar com quem te atraia, da aparência que quiser, com as características que desejar, mas a partir do momento que você generaliza um grupo e o ofende diretamente pra se justificar você não tá sendo o bonzão nem o legal. Era só ter dito" não, não faz meu tipo", mas não. Você tinha que dizer em tom de desdém que quem é assim só passa o dia comendo besteira, nao cuida da vida e  você não se identifica. Eu me senti ofendida. Sim. Não por você não se atrair por pessoas como eu, porque sinceramente? Quero que se foda. Mas, sim por você ser tão idiota a ponto de generalizar as pessoas se nem ao menos saber o que as levou a aquele ponto.


E isso vale para todas as pessoas. Ninguém sabe o por trás da história de ninguém. Não dá pra pegar um caso e generalizar. Não dá pra afirmar que todo mundo é de um jeito porque você acha. E eu to cansada. De ficar explicando. Me provando. Tentando me encaixar porque senão ouço risos atrás de mim. Não quero mais nada disso. Não quero me encaixar mais em nada. Só quero parar de me importar. E quero que você que pensa assim, passe por isso uma vez na vida. E ai eu vou fazer questão de ver sua boca fechada e sua língua quietinha dentro da boca.

Filme: Outro Pequeno Favor



Filme: Outro Pequeno Favor
Título Original: Another Simple Favor
Lançamento: Maio de 2025
Duração: 2 horas e 5 minutos
Gênero: Suspense, Drama
Nota: 2,8 de 5
Onde assistir? Prime Video


Outro Pequeno Favor é a continuação do filme " Um pequeno favor" que eu, inclusive, já resenhei aqui no blog.  O filme que estreou agora na Prime Vídeo em 1 de maio , mostra que Emily, saiu da cadeia e reapareceu de repente fazendo uma grande aparição na leitura do lançamento do livro de Stephanie que fala sobre ela, sua obsessão por investigar casos de assassinatos e como isso teve um impacto negativo em sua vida. Convidada por Emily para ser madrinha de seu casamento, Stephanie se vê ameaçada a ir para Capri pra ver Emily se casar com um suposto ricaço. Mas, Stephanie com seu senso de investigação, está suspeitando que algo possa acontecer.  Estaria Emily tentando se vingar dela? Ou seria outra coisa? Stephanie novamente se vê envolvida em uma rede de mentiras na vida de Emily onde ocorrem assassinatos, mortes, segredos e ela precisa encaixar as peças pra novamente sair por cima. O que será que Emily aprontou dessa vez?

Eu até que gostei do primeiro filme. Tinha um suspense, uma história consolidada e umas reviravoltas até ok, deixando a história muito interessante. Já nesta continuação, as coisas mudam. Stephanie não é mais a mãe inocente e obcecada com Emily e seu estilo de vida, ela agora está mais esperta e continua desconfiada de Emily apesar de ela afirmar que desta vez será diferente. Emily continua a mesma. Intimidante. Prepotente. Perspicaz e Malvada. Sim, ela sabe sair das situações com certo estilo. Apesar de entreter, Outro pequeno favor tinha tudo pra entregar um bom desenvolvimento, porém decai quando os segredos vão se revelando. Quando acabou eu fiquei " é isso? sério?". Meio cansativo.

A narrativa usada das gêmeas e da Emily usar do nome de sua irmã para se safar já havia sido usada no filme anterior, e aqui resolveram o que? Repetir. Deram uma explicação até plausível, porém meio forçada já que no primeiro longa Stephanie já havia investigado sobre a família de Emily. 
( Spoiler !) Aqui, vemos que a última gêmea que nasceu com Emily e sua outra irmã, que foi dada como morta quando bebê na verdade está viva. E adivinha? Ela pega o lugar da Emily pra se vingar de todos que ela acha que estragaram a vida dela. Aqui, eu senti uma vibe meio PLL. A parte meio nojenta, foi a irmã que amava ela no sentido romântico. Tipo sexual também. Isso foi muito bizarro.

Confesso, que o roteiro em até certo momento foi perspicaz já que não mostra logo de início quando a gêmea pegou o lugar da Emily, então até certo ponto pensei que a Emily estivesse se vingando da Stephanie fazendo a mesma coisa que ela fez porém a incriminando. Mas, depois as coisas se desenrolam e ai os furos vão sendo cobertos. 

Temos também Michele Morone. Sim. O bonitão da máfia de 365 dias. E olha só, que surpresa! Ele também faz o papel de uma mafioso do tráfico aqui. Eu quis rir. Cara, parecia até um papel copiado. E muito copiado já que ele na verdade, aqui, é gay e chega ate beijar outro cara como em 365. Eu fiquei com dó do ator. Ele não é tão bom assim atuando, e mesmo assim continua estereotipado. E ele acaba morrendo. Sim. A grande verdade é que ele não faz tantaaa diferença na trama. 

Outro Pequeno Favor é interessante, e você fica entretida com o que pode acontecer por um certo tempo já que Emily é meio imprevisível. Mas, no final elas conseguem o que querem e a irmã gêmea da Emily parece uma doida varrida. Acho que até pior que ela.  Se você assistiu o primeiro, talvez também curta esse. Só não vá com muitas expectativas, não é lá essas grandes coisas, mas de certa forma tem seus méritos. E o fim fica de certa forma aberto. Será que teremos um terceiro filme? Pois é. 









Topo