Filme: Amores Materialistas

 



Filme: Amores Materialistas
Título Original: Materialists
Duração: 1 hora e 57 minutos
Gênero: Romance, Drama
Lançamento: Julho de 2025
Exibição nos cinemas
Distribuição: Sony Pictures
Nota: 2,5 de 5

Eu já tinha assistido esse filme um pouco antes de estrear, e sabia pouco sobre o mesmo. Mas, o fato era que o mesmo estava sendo vendido como " comédia romântica" utilizando dos nomes famosos como " Chris Evans " e é claro o ator mais usado em elenco ultimamente " Pedro Pascal". Eu tenho minhas considerações sobre o Pedro Pascal, mas não deixarei essas opiniões pessoais se infiltrarem na resenha desse filme, pois o mesmo tem muitas camadas. 


Eu vi muitas reclamações, alguns elogios e algumas pessoas apesar de entenderem a mensagem do filme, não concordaram com a escolha da personagem e tudo certo.


Lucy é uma espécie de "casamenteira" ela trabalha em uma agência focada em achar seu par perfeito baseado em gostos, elementos e características materialistas baseadas somente em ideais. Normalmente, ela consegue sucesso em suas empreitadas, mas em um desses casamentos ela conhece  Harry, um homem extremamente charmoso e bem de vida. Apesar de não se achar uma boa opção pra ele, Harry acaba demonstrando interesse em Lucy e investindo na relação, porém ela fica abalada ao encontrar na mesma festa seu ex chamado John, que está trabalhando de garçom. Lucy , neste momento, se vê entre algumas questões emocionais e financeiras, já que o reencontro com John, traz a tona os problemas que eles tinham e o que o Harry poderia proporcionar a ela. Dividida entre as questões de amor e materiais, Lucy precisa ponderar o que quer pra sua vida e pensar nas questões mais emocionais entre duas escolhas que parecem facéis mas não são tanto.


Como eu disse acima, há vários meios de interpretar a escolha da Lucy e depende MUITO da sua vivência, do que você quer e do que você acredita, mas a verdade é que Amores Materialistas explora uma camada muito importante: de como o amor ficou gourmetizado. O próprio trabalho da personagem em que os caras ficam ali traçando uma lista de mulheres específicas que ela te que juntar com eles, é meio bizarro. E mesmo assim no final, quando as características parecem bater, pode-se ter uma surpresa no final como aconteceu em um dos encontros juntados pela Lucy.




Eu até curto a atuação da Dakota Johnson, mas aqui tudo ficou meio morno. Como vi em uma resenha, o que mais implicou no filme ficar sem sentido foi não ter uma resolução. Ela fez a escolha dela, e mesmo assim o roteiro fez parecer algo como se fosse " totalmente errado".


A primeira premissa era que Lucy havia se tornado daquele jeito pelo relacionamento com John, onde por poucos flashbacks conseguimos ver que eles tinham problemas com relação a dinheiro. E isso é mostrado como uma decisão para que a mesma tivesse finalizado o relacionamento e se tornasse mais fria e materialista buscando mais conforto e segurança em medidas racionais envolvendo dinheiro, obviamente.



E pensem comigo, isso pode ser interpretado como cuidado ou como interesse. Entende? O filme brinca com isso o tempo inteiro. Esses dois lados. Aparece o Harry,  ela apesar de estar mais centrada insiste que ele não é pra ela, mas mesmo assim cede porque né, um cara rico dizendo pra ela que quer namorar, que quer tentar sendo que um dos problemas que ela tinha era a tal instabilidade do último relacionamento, ela pensa: por que não? 


E eles se envolvem. Vi muitas críticas das pessoas falando que ela não se permitiu nem gostar do cara, que passou pouco tempo com ele e já desistiu. Mas, vamos lá. Isso depende muito. Com muitas pessoas, elas já sabem que não vão conseguir nutrir um sentimento por aquela pessoa, por mais que ela traga um substancial importante pra relação e foi isso que ela sentiu. Mesmo com o conforto, as viagens e o carinho do cara ela não conseguiu se conectar e se tocou que não conseguiria mesmo que insistisse.


Vi alguns comentários sobre " romantização de pobreza", mas não creio que seja isso. É sobre estar em relacionamentos somente por estar. Sem sentimento. Dinheiro é sim importante e soluciona muita coisa, muita coisa mesmo, mas não compra sentimento em nenhum quesito. Eu digo "sentimento" não desejos e sonhos.


O personagem do Harry foi demonstrado de uma forma comoda, como se ele fosse um tipo de cara encostado que não quer progredir, não quer fazer nada e só quer ficar na mesma. Mas, pra mim, não foi bem isso. O contraste mostra que algumas vezes as pessoas tentam melhorar e progredir, mas nem sempre é fácil. Não é todo mundo que consegue ficar rico e estável. E ele tinha essa consciência, lembrava dos  motivos pelos quais eles tinham terminado ( que eram importantes), mas acima de tudo estava comprometido a progredir e acima de tudo esta emocionalmente mais disposto.


Ah, mais ela já era apaixonada nele, ela não quis nem tentar com o outro cara. Não vi exatamente assim. Ele também não estava nutrindo sentimentos por ela, ela também percebeu, tanto que isso é mencionado em boa parte da conversa deles sobre o relacionamento ser um negócio e não tanto sobre sentimento. E ela tentou embarcar nesse negócio. E não conseguiu. E não é sobre romantizar pobreza, mas sim entender que as relações são complexas, e ao mesmo tempo que podem ser um negócio não podem ser desenvolvidas sem amor em jogo mesmo se você quiser outras coisas materiais.


A verdade é que relacionamento vai além disso e são acordos feitos entre você e a pessoa. O filme, explora justamente esse dois lados para que você possa pensar e relevar o que é mais importante pra ti, o que é o sentimento, o que são as relações hoje e como elas se desenvolvem.

Você ficaria com alguém que não é tão rico, mas nutre algo verdadeiro por ti e está disposto a progredir ou ficaria com alguém que vê aquilo como negócio proporcionando bens materiais mas sem sentir nada? Novamente, todo mundo quer uma vida confortável, mas sabemos que relacionamentos mesmo com pessoas de altos níveis de dinheiro não duram, e não é por conta das condições materiais e sim do que? SENTIMENTO.


Se o Harry fosse um sujeito acomodado sem perspectiva, eu acharia a Lucy burra. Porém, pra mim, ele foi sincero e mostrou pra ela que ele estava tentando. Pra algumas pessoas como eu disse é mais difícil, mas ai você tem que ponderar o que quer, o que sente e o que prefere enfrentar. Crescer como casal. Viver bem, mas não tão confortável quanto seria com  o cara rico que você certamente não sentiria nada? 


Além de outras camadas, Amores Materialistas acerta e erra. A questão da escolha da Lucy é pra você aceitar ou rejeitar do jeito que for. Não tem resposta certa. Vale a reflexão do que os relacionamentos são feitos e montados por ideais desconexos. Vale o pensamento sobre confortos materiais e amor. Entendo os dois pontos passados e suas importâncias, mas no que mais falho foi esse filme foi com certeza a ideia de comédia romântica que não tem nada de comédia. 


O final inconclusivo e um desenvolvimento mais profundo da relação dela com o John, do seus motivos e de seus pensamentos poderia ter elevado o nível de reflexão sobreo tema muito mais além. Foi tudo muito corrido, e no final aberto não sabemos o que ela realmente decidiu. O que a motivou. Não conseguimos nem olhar direito as duas relações e tiramos conclusões baseadas em poucas cenas de flashbacks.


Foi meio decepcionante sim, não pela escolha de Lucy mas por tudo que poderia ser abordado e não foi. Por todo o contexto que poderia ser explorado sobre as diferenças das relações entre eles que ficou muito coesa e com um aspecto horrível pro personagem do Chris Evans que saiu como um preguiçoso encostado, a Lucy como uma burra que prefere um amor de perrengue e um ricaço charmoso que foi desperdiçado porque ela prefere sentimento em vez de dinheiro. 


Isso que acontece com roteiros com boas ideias, mas mau explorados. Há duas versões de enxergar essa história, depende de qual é a sua. Eu entendo os 2 lados, mas faltou muito , mas MUITO pra esse filme ser melhor e não sair como uma imagem coesa e fraca sobre algo que é pouco explorado hoje em dia. Gostei da Dakota, Gostei do Chris e o Pedro? BLEH. É, eu não acho mesmo essas coisas dele. Desculpem. Dá pra assistir e tomar seu partido. Mas, dá pra refletir bastante também.





Filme: Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

 


Filme: Quarteto Fantástico: Primeiros Passos
Título Original: Fantastic Four Fist Steps
Lançamento: Julho de 2025
Duração:  1 hora e 55 minutos
Gênero: Ação, Fantasia
Nota: 3 de 5
Nos cinemas
Produção: Disney/ Marvel

Pensei muito sobre como falar minhas impressões nessa resenha, sem que parecesse que eu estou criticando o filme por besteiras ou bobices. Antes de começar, quero dizer que não tenho embasamento em HQS e faço resenhas baseadas em minha opinião como espectadora e fã de filmes de super heróis. 


Atenção

Essa resenha é sobre opinião neutra sem comparações com lançamentos recentes . Não tem intuito de competir com nada nem com nenhum filme. 


Dito isso, vamos ao que interessa. Quarteto Fantástico vem depois do desempenho horrível da tentativa de adaptação de 2015 que foi criticada e odiada nas bilheterias. Os filmes de 2005 e 2007 também foram criticados pelos críticos porém alguns ainda gostam mesmo com seus erros. E agora, temos uma nova formação para o quarteto com novas escalações e uma ambientação nos anos 60.


No longa o quarteto já tem seus poderes, e faz apenas menções sobre como adquiriram seus poderes. Então, temos algumas cenas rápidas pra relembrar até porque ficar batido de novo falar sobre como eles obtiveram poderes. Então, eles já são conhecidos como heróis, já vem atuando tem um tempo e são adorados pelas pessoas por isso. Mas, agora, surge um novo desafio: um ser universal e poderoso intitulado como galactus que vem anunciado pela chamada surfista prateada, querendo destruir a Terra.


Porém, o ser concorda em desistir de destruir o planeta se o quarteto entregar algo mais valioso: o filho de Sue e Richard chamado Franklin. De acordo com ele, Franklin se tornará um ser muito poderoso capaz de ficar no lugar dele destruindo realidades, criando outras, destruindo mundos e criando novos. A luta então é para proteger o bebê e a Terra ao mesmo tempo. 

Vou confessar: quando os trailer saíram eu não tive NENHUMA empolgação. Nenhuma mesmo. Porque desde os trailer me pareceu um filme OK. E isso foi se confirmando conforme ia se aproximando da estreia. Mas, mesmo assim eu fui de cabeça aberta assistir o filme, e quem sabe mudar de ideia e não foi bem o que aconteceu.


Deixando claro aqui: Quarteto Fantástico Primeiros Passos não é ruim, é apenas um filme bom. Só isso. Não reviveu o universo da Marvel apesar de sentir que eles forçaram MUITO isso em certas cenas. O elenco pra mim é ok, mas Pedro Pascal não me desceu. Sinto muito. Não me convenceu. Desculpe quem é fã do ator, quem curtiu mas eu não consegui senti-lo na pele da personagem.

Assisti um trecho de uma entrevista com o elenco em que a apresentadora fala com a Vanessa ( que interpreta a Sue) dizendo que o filme até parece que é dela, porque ela tem um destaque enorme do " amor de mãe " e de proteger o filho a qualquer custo. E isso é muito bacana. A mensagem é muito incrível, porém não ficou muito sutil. Forçaram essa mensagem dentro do enredo deixando os outros membros do quarteto MUITO APAGADOS.


Se você for assistir esperando um filme de ação, desculpe você vai se decepcionar. A ação só vai acontecer no final  e olhe lá e novamente muito em cima da Sue. Do começo até pro meio fica toda essa premissa em cima da gravidez dela, da ameaça e de protegerem o bebê. O que me fez parecer que a MARVEL queria desesperadamente colocar o filho deles ali pra fazer ligação com o filme dos vingadores. 


Os outros 3 integrantes do quarteto ficam apagados, mas o que mais se apagou foi o COISA. Ele parece irrelevante pra história em alguns momentos, e o uso da força dele muito mau explorado. O Reed sempre foi um gênio, e aqui focam em mostrar e destacar isso, e deixam de lado os poderes que ele adquiriu ou seja, não faz muita diferença se ele estica ou não. Me pareceu novamente ofuscado. Quando o Galactus pede o filho deles, o roteiro força tanto que o próprio Reed considera entregar o filho. E ai, fica aquela mensagem de que só a mãe protege o filho, que a mãe que não desiste e a Sue vai com o filho na porta do prédio deles falar e dar um discurso de força que não vai entregar o filho deles depois de protestos.


Johnny totalmente apático. Tentou ali dar um vislumbre de graça com a surfista. Aliás, ele fez o que foi feito no filme de 2007 com o surfista. No filme de 2007, o surfista é convencido pela Sue a ajudar o planeta, faz as mesmas perguntas que ele faz e mostra pra ela que ela pode ajudar e se ela não se incomoda com os planetas que destruiu. Pra no final, ter o mesmo desfecho a Sue morrer como no filme de 2007 , e quem terminar de derrotar o Galactus é a surfista como foi em 2007 quando o surfista foi contra o Galactus. Aqui, o bebe ressuscita a Sue, e no de 2007 ela é ressuscitada pelo surfista antes de ele se sacrificar.


Coincidências ? Acho que não. Mesmas ideias, porém trabalhadas de forma diferente. A atriz da Sue até se sai bem e trabalha bastante seus poderes além da invisibilidade mostrando que vai muito além de criar campos de força. E o roteiro força o foco em cima dela por conta da criança.  Ela acaba roubando o foco e apagando o brilho do quarteto.


E o galactus? Bem mais ou menos. Um ser que é devorador entrando em uma cidade em um tamanho gigante pra roubar uma criança e ai é derrotado pela Sue que o empurra sem a ajuda praticamente ninguém do quarteto. Quando o Reed tenta o Galactus quase mata ele, esticando-o até um limite bem deplorável com relação ao seu poder. 


Ai vem toda uma narrativa de a cidade ajudar construindo maquinas que vão derrotar o Galactus forçando para que a Sue ( que está até bem no filme) o empurre pra dentro do campo e a surfista convencida pelo Johnny ajude a derrota-lo. 


Eu não consegui sentir nenhuma empolgação, talvez porque o intuito do filme era mostrar como eles são uma família e isso funciona. Eles funcionam mesmo como família, e isso é bonito mas por outro lado esquecem completamente dos poderes deles. Acho que eu queria ver mais uma combinação equilibrada deles como um time lutando e não há isso. Há um foco na Sue e no filho deles e é basicamente isso. 

O quarteto tenta, é um filme visualmente bonito mas com um roteiro não muito coeso e que não explora muito bem todos os personagens. Aliás, me lembrou o filme da liga da justiça que parecia inútil sem o superman. 


É um filme bom, mas só isso. Sem nada demais. Tem uma mensagem legal de família, união e eles mandam bem nessa parte mas em questões de ações , exploração dos poderes deles, vilão e até a surfista ficam apagados diante de um contexto extra focado em um único direcionamento e não funcionou muito. A Marvel tentou é um filme ok, mas nada muito empolgante. É isso.


Filme: Eu sei o que vocês fizeram verão passado (2025)

 



Filme: Eu sei o que vocês fizeram no verão passado
Título Original: I know what you did last summer
Gênero: Terror, Suspense
Duração: 1 hora e 51 minutos
Lançamento: Julho de 2025
Distribuidor: Sony Pictures
Nota: 2 de 5
Em exibição nos cinemas


 Confesso que eu nem tive tantoooo interesse assim nesse filme. Talvez você lembre da versão de 1998 que fez um sucesso ok pra época e rendeu 2 filmes. Recentemente, também lançaram uma série na Prime ( que eu logo verei e farei resenha) com o mesmo nome. Não sei se segue a mesma lógica, mas aqui temos a mesma coisa de 1998. Nada de diferente. Fiquei confusa com o objetivo. Era um reboot do longa? Se foi, não deu muito certo. O gênero slasher em que uma pessoa sai matando todo mundo por vingança e você tenta descobrir quem é, já foi viso em muitoooos longas. E isso funcionou em 1998 com o primeiro filme, mas aqui confesso que não me pegou em nada.

Como vocês sabem eu sou extremamente sincera e tenho que dizer que apesar de trazer uns dois atores do longa original, e tentar, esse filme não vale sua ida ao cinema. 


É , eu sei. Tinha potencial ? Até que tinha. Porém, foi muito mal desenvolvido. Lançado em meio a outros lançamentos muito maiores e fracassando nas bilheterias esse longa te dá até um certo sono. Atuações que não se destacam tanto e um plot twist fraco porque a única coisa que me instigou a continuar foi saber quem era por trás e quando eu soube, meio que foi decepcionante. Não teve nada de muito chocante sabe?




A premissa do filme de 5 jovens que se envolvem um acidente de carro, fogem a pessoa morre e alguns anos depois alguém vem querendo vingança é meio batida para os dias de hoje, e se utilizada dever ser bem conduzida o que não acontece aqui.

Um monte de enrolação e perseguição sem graças, com explicações bem rasas e um filme que você tá no meio meio que pedindo pra acabar. Há filmes slashers lançados antes bem melhores com quase a mesma temática. Confesso, que fiquei curiosa pra assistir a série e ver se é a mesma vibe porém aqui esse filme não se sustenta.


Nem nas mortes, nem na revelação do assassino, nem em prender a atenção de quem assiste. É muito fraco, e até tenta trazer a nostalgia do filme de 1998 com uma atriz do longa tentando ajudar, mas não contribui muito. Muito fraco, bem esquecível e você pode tranquilamente esperar sair em um streaming. Não deu não.






Filme: Conrad e Michele. Se as palavras matassem.



Filme: Conrad e Michel Se as palavras Matassem
Título Original: If Words Could Kill
Lançamento: 2018
Duração: 1 hora e 20 minutos
Nota: 2,8 de 5
Onde assistir? Indisponível no momento



Já aviso que esse filme tem fortes gatilhos mentais e temas pesados como : suicidio. Se você é sensível a esses temas, esse filme não é pra você. Conrad e Michele é baseado no caso real de Michele Carter que foi acusada de homicidio involuntário após a polícia encontrar mensagens em seu celular trocadas com Conrad, um jovem que estava pensando em tirar sua vida, mensagens essas que davam a entender que Michele o incentivava a continuar com as ações. Neste filme, é relatado como Michele conheceu Conrad e como eles iniciaram o relacionamento até o momento que levou sua morte.

No filme, me parece muito que Michele queria atenção. Das amigas que não a tratavam direito somente quando ela dizia estar passando por algum problema, ou sofrendo dai a Michele inventava algo para que elas lhe dessem atenção. Do outro lado, temos Conrad que está extremamente insatisfeito com sua vida e relata tudo isso a Michele que me parece sofrer de algum problema psicólogico já que a mesma parece mesmo incitar que o namorado faça isso para que ela seja a vítima na história e todos lhe deem atenção por ela ser a namorada dele. A história é bem complexa, assim como o caso, mas no filme o que parece mostrar é que Michele manipulou e incitou ainda mais os pensamentos suicidas de Conrad em vez de ajuda-lo ou procurar ajuda para ele. Ela queria que ele fizesse aquilo para que de algum modo fosse notada pelas consequencias daquele ato. Ela pressionava o mesmo nas mensagens para que o fizesse e o jovem que já sofria com depressão tinha medo, e no dia do ato praticado ele ficou em ligação com ela que não chamou a polícia e nem contatou a família. 

O filme nos faz refletir sobre saúde mental, a importancia de estar cercado de pessoas boas que te apoiam e te ajudam e como perceber os sinais de alguém que está pedindo ajuda porque nem sempre é fácil identificar. Com Bella Thorne no elenco, o filme é uma boa pedida de caso real.








Filme: Superman



Filme: Superman
Lançamento: Julho de 2025
Duração: 2 horas e 10 minutos
Gênero: Ação, Fantasia
Distribuidor: Warner Pictures
Nota: 4,5 de 5
Em exibição nos cinemas
Baseado no personagem da DC COMICS
 

Superman estreou e junto com ele vieram as comparações. Eu tive o privilégio de assistir o filme na pré estreia e vou contar tudo que eu achei do mesmo da forma mais neutra e sincera que eu puder. 


Creio que não precise explicar muito porque o personagem do Superman é bem conhecido, mas vamos focar um pouco na história. Neste filme, em particular, o Superman já é um herói conhecido e há alguns anos luta para proteger os humanos contra ameaças. Além de ter que conciliar sua vida como Clark Kent na terra tendo um relacionamento com a Lois e escondendo sua verdadeira identidade, agora a ameaça aumenta já que Lex Luthor passou um tempo o estudando e usando de todos os seus recursos para derrubar o Superman, o qual ele tem um ódio intenso e muito muito perceptível.  Com várias ameaças acontecendo, Superman vai ser testado como super herói em sua bondade com relação a terra e aos seres humanos enquanto vê todos se voltarem contra ele. 



Eu diria que essa é uma sinopse básica desse filme, mas tem muito mais. A verdade é que já tá meio cansado de filmes de origens, principalmente de personagens já muito conhecidos então eu fiquei feliz quando aqui o Superman já está na terra há alguns anos e como ele consegue se diferenciar de Clark Kent e Superman. É um filme que de primeira, parece que acontece muita coisa ao mesmo tempo, mas depois você se empolga e muito. Tudo funciona e se encaixa e com tanta coisa acontecendo e personagens você se pergunta: Como isso é possível? Eu também não sei, mas o James Gunn conseguiu. Ele equilibra tudo de uma forma tão unificada e sem pontas soltas que todos conseguem se balancear e ter seu papel dentro do roteiro.


ATENÇÃO!!!

Antes de eu falar mais , quero dizer aqui que essa resenha não é para desmerecer outras versões. Deixo claro, eu amava o Snyderverso, gostava do superman do Henry, porém aquele universo acabou. Assim como, você deve ter um homem aranha favorito e discutir sobre qual é melhor, as pessoas também tem direito de escolher qual superman ou batman preferem e se você acha que a versão e o filme anterior era melhor tá tudo certo. Aqui, estou pra falar do que achei do longa e não comparar versões. Até porque lembrem-se que o personagem tem abordagens diferentes nas animações e nos quadrinhos. A versão snyder era mais sombria e tinha uma outra pegada. Aqui, a versão é mais esperançosa e cuidadosa. Ambas são válidas então não tem que ter hate por isso. Fique com sua versão favorita, só não propague ódio, chega a ser injusto com o personagem 

( estou falando do personagem e NÃO DOS ATORES que o interpretaram).


Bom, voltando ao filme, ele flui muito bem. As cenas de ação são IMPECÁVEIS e eu amei o tom que o David deu ao super herói. Ele é incrível como Clark e incrível como herói. A Lois pra mim, é a mais fiel de todas. A mais instigante. Corajosa. Cheia de atitude e destemida. A química entre os dois é muito boa e funciona muito para que o casal se destaque nas telas.



Krypto é um personagem a parte. Eu já sabia algo dele da animação " super pets" também da DC e ele ficou maravilhoso aqui. Eu amei que o James não o modificou só porque ele tem super poderes. Ele é um cachorro e como cachorro se comporta como um. Morde a perna, quer brincar de pegar bolinha e destrói as coisas. Ele é incrível.


Temos mais personagens na história como uma das versões do Lanterna Verde, Mulher Gavião e o Sr Incrível. E o Sr incrível roubou a cena .  Que personagem bom e muito bem interpretado. Eu já vi algumas animações com ele e ele está identico. A cena de luta dele é uma beleza de se ver. Os outros personagens da Gangue da Justiça também são muito bem construídos e aparecem quando se precisam deles.


Lex Luthor é um brilho. O Nicholas transformou ele no exato personagem obsecado pelo superman que queríamos ver há tempos. As expressões, a inveja, o ódio e como ele usa do tempo dele pra derrubar o superman fica explícito o quanto ele é um vilão pra lá de interessante e muito inteligente.




Temos no longa também uma visão melhor da vida de Clark Kent que não foi muito abordada na era anterior, aqui o Superman se preocupa em salvar cada ser humano. Cada coisa viva e isso é lindo de se ver. E aqui, ele também fraqueja. Ele também cai. Uma das cenas que me emociona é quando ele cai e um cidadão vai ajuda-lo a se levantar. Lembrou muito a essencia de um super heroi lá dos anos 2000. Lembrei especificamente do Homem aranha do Tobey em que ele salva um trem descontrolado e o pessoal do trem tenta ajuda-lo quando o vilão retorna.


A essencia deste herói é isso: esperança. Se as outras versões não eram, tudo certo. Acontece que não é por ter superpoderes e ser um ser quase invencivel que ele não fraqueje. Neste longa, vemos um Superman descobrindo que seus poderes são maiores do que ele pensa, e que sim as vezes fica muito difícil mas que vale a pena.


O longa tem as doses certas de humor, não força piadas e não tenta forçar nada. Ele simplesmente é. E é isso que é muito fantástico. Antes da pré estreia, o mesmo já estava com muitas críticas positivas e depois do primeiro fim de semana, o longa já arrecadou mais de 200 milhões batendo o filme anterior do mesmo personagem . Aqui, no Brasil em 4 dias bateu 1 milhão de espectadores.


Algumas pessoas não gostaram e tudo certo. Há vários jeitos de enxergar o Superman e várias versões, não dá pra agradar a todos. Mas, esse longa veio pra começar um era excelente na DC que é um estúdio com personagens incríveis como o Sr Incrível que precisam ser notados e apreciados.

Superman te faz torcer, te faz rir , lacrimejar e voltar a acreditar na bondade e esperança porque nos dias de hoje, é até difícil ver um filme assim sabe? E ah! A supergirl aparece e ela não é como a supergirl da série viu? Com um filme solo marcado pra ano que vem, vamos ver uma Kara muito mais confusa, sofrida e que luta pra encontrar seu propósito e usar dos seus poderes para ajudar a humanidade. Prepara-se para ver uma Supergirl mais fiel aos quadrinhos também.


Superman encanta e brilha e digo com toda certeza que vale o ingresso. Leve a família, os amigos e se divirta. E se não curtir? Tudo bem também. Fique com sua era favorita mas torça para que a DC continue firme, porque afinal os personagens merecem.

Filme: M3GAN 2.0

 


Filme: M3GAN 2.0
Lançamento: Junho de 2025
Gênero: Terror/ Ficção Científica
Duração: 1 hora e 59 minutos
Nota: 2 de 5
Distribuidora: Universal Pictures
Em exibição nos cinemas 


Se vocês leram minha resenha do primeiro filme, sabem que eu fiquei meio frustrada com o primeiro filme. Mas, fizeram uma continuação pelo interesse do público que levou 2 milhões de pessoas ao cinema e arrecadou mais de 180 milhões em bilheteria.

Eu acabei de assistir Megan 2.0, e acho que a expectativa foi mais derrubada do que o primeiro. Fizeram o trailer desse segundo filme ser tão legal que a ideia foi meio mal aproveitada no longa inteiro. E a música da Britney só foi usada como subterfúgio para ter uma dancinha viral da boneca pra ser usada como marketing no primeiro filme.


Vamos antes, a sinopse desse filme? Os eventos dessa sequência acontecem dois anos após o primeiro filme. Gemma ainda está traumatizada com os eventos de sua invenção, e se torna um nome na campanha do uso de inteligência artificial. Tudo isso muda, quando ela descobre que o projeto inicial da Megan foi roubado e usado para montar um outro robo Amelia. Uma robo ainda mais letal, fatal e disposta a tirar qualquer pessoa do seu caminho para conseguir chegar no seu objetivo. Agora, Gemma precisa da ajuda de ninguém menos que Megan para proteger Cadie de Amelia . Mas como confiar que Megan as protegerá quando a mesma tentou mata-los no passado?


M3GAN 2.0 tinha muito potencial. O trailer me deixou pensando " talvez esse filme seja diferente e melhor", só que não. Mais uma vez a personagem é mal aproveitada. E os trechos usados no trailer e em outros métodos de marketing são só para marketing mesmo. Megan passa de robo assassina descontrolada pra um tipo de heroína robotizada que forçam o tempo todo para ser sarcástica e cativante. E o brilho da personagem se perde. Quando vi o trailer achei que o filme seria uma coisa, e ele é outra. Não muito diferente, mas mudam muito o foco.


A inserção sobre o uso de tecnologia, de inteligência artificial e dos modos que o ser humano pode usar isso sem considerar as consequencias é muito interessante, mas em certo ponto do filme fica cansativa. Até a Megan em certos momentos fica chata, explicando todos aqueles códigos e um chip que vai deixa-los mais perigosos e tal. Eu fiquei entediada. O tema da inteligencia artificial é muito bacana e deve ser explorado sim em filmes porém aqui, a ideia inicial é até inteligente mas mal executada. Toda a discussão sobre isso apaga o brilho da Megan que fica ali, toda perdida.


A ideia do trailer de dar um novo upgrade pra ela deixando-a mais rápida e letal afim de proteger Cady  é até bacana, e a Amelia tem um propósito meio fraco. Ela poderia fazer diversas coisas, mas o filme a empurra para algo meio sem graça. Não ficou claro que ela queria matar a Gemma e a Cady logo de início, ela só tirava quem ficasse no caminho e por medo e precaução a Gemma resolveu agir antes ao descobrir que a Megan ainda operava em sua casa.


A tentativa de mostrar que a Megan tenta demonstrar emoções apesar de ser um robo é meio bleh. Não causa emoção e definitivamente não convence muito. A luta entre as duas é beeeeem mais ou menos. Nada empolgante como o trailer mostra. Há um pequeno plot twist no final, mas nada muito empolgante. As coisas aqui são bem mais ou menos e nem mesmo a Megan consegue anima-las.






Acontece que a ideia inicial de transformar uma robo assassina em uma robo moderna que fala gírias e usa do sarcasmo só funciona pra redes sociais, no longa como todo é muito chato. Prefiro o primeiro. Aqui, nem sabemos o que a Megan se torna mais. Apesar da mensagem bacana sobre uso de telas, inteligência artificial, robos e máquinas Megan 2.0 não empolga o quanto deveria e fica devendo no quesito ação. Me desculpe, mas mais uma vez não deu pra mim. Oops, não deu.



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