Texto: Tipo Fumaça


Você
desapareceu. Tipo fumaça. E não dá pra segurar fumaça. Em algum momento, ela vai se dissipar e sumir. Você sumiu do mesmo que chegou. De repente. Me fez crer de novo, mesmo eu não querendo. Me fez imaginar coisas pro futuro, mesmo eu me pedindo pra ter calma. Pra não me iludir. Me fez te contar coisas tão pessoais que me apavora saber que não consigo te alcançar. O que eu faço agora? Preciso tirar essa agonia do meu peito, porque não sei conviver com isso. E se você nunca mais voltar? Não sei realmente o que vai sobrar de mim. Não quero que volte pra te obrigar a ficar, só quero entender. E se eu tiver que ir, eu vou, mas de coração aliviado. A única coisa que eu não quero é essa agonia. Tenho tudo entalado dentro do meu peito. E não consigo mais segurar. Não consigo mais lidar com tudo isso. Eu preciso de um ponto final. Não quero te obrigar a nada. Nunca quis. Sempre deixei claro que queria sinceridade. E por que é tão difícil as pessoas praticarem isso? Por que eu não mereço uma atitude que mostre consideração uma vez na vida?

Eu fui eu. Não combino com raso. Sou isso. Intensa. E olha que tentei conter isso pra que você não se assustasse tanto. Eu tinha tanto medo de você se afastar . Mas, você me convenceu de que não era como os outros. Que não era assim. E cara, eu comprei sua conversa. Suas palavras. Agora, não sei mais no que acreditar. Não sei o que aconteceu. Não sei como superar isso. Estou tão cansada. Demorou tanto tempo pra me abrir com uma pessoa, e contar as coisas te contei. Coisas que não conto pra quase ninguém. Mas, eu acreditei que daria certo. Acreditei que você seria diferente. E agora, não sei se espero. Não sei se dou um jeito de fingir que isso não aconteceu e ignoro. Não sei o que houve. Não sei o que esperar. Me sinto pisando em ovos. Insignificante. Usada por você no momento que você precisou e jogada de lado. Ainda estou tentando me convencer de que isso tudo é coisa da minha cabeça. Tentando me convencer que não me enganei de novo. De novo, não. Por favor, não. Não, não depois de tudo que eu passei. Não depois de tudo que eu tive que aguentar até aqui. Não pode ser verdade. Essa incerteza só piora. Minha mente me enche de perguntas. Não sei o que fiz de errado. Procuro e não acho nada. Penso se você apenas quis ir embora sem achar que mereço uma explicação. Penso se você encontrou alguma pessoa do nada. Penso se algo aconteceu. Penso tanta coisa. Me lembro da nossa última conversa e você pedindo pra que eu não pensasse essas coisas. Mas, como não pensar com uma pessoa que parece aparecer e se importar quando quer? É como se você pudesse me alcançar quando quisesse, porque sabe as maneira. E eu, não posso. Porque não sei como. Porque fui tola demais pra não notar coisas simples que estavam na minha cara.

Eu mereço uma explicação. Ao menos, um fora. Que fosse. Mas, sumiço? Isso é cruel e muito errado. Ao contrário do que você pensa, não quero que você volte pra te obrigar a ficar. Quero apenas encerrar. Mereço isso. Estive do seu lado em um dos momentos mais tristes da sua vida. Te apoiei todas as vezes que você precisou de mim. Te ouvi chorar. Te consolei. Te distrai todas as vezes que você precisou de mim, e agora nem ao menos mereci uma consideração. Uma explicação. Ninguém é obrigado a nada. E você não é obrigado a gostar de mim. A gente sabe disso. Só que agir assim com qualquer ser humano, não é certo. Preciso tirar isso de mim. Parte de mim queria que tivesse algum meio de arrancar essas memórias da cabeça. Fingir que eu nunca te conheci. Fingir que eu não me enganei de novo. Fingir que mais uma vez me entreguei e fui eu, pra no final me ver abandonada. Pra ter que me salvar e segurar minha mão de novo. Pra ter a certeza de estou cansada de me salvar. De acreditar que será diferente. De acreditar que vai dar certo na hora certa. Então, só me deixa encerrar isso. Só me deixa seguir com a minha vida. Me deixa tirar isso do meu peito e depois ambos podemos seguir com nossas vida. É o mínimo que eu mereço. Não te peço pra ficar, só te peço responsabilidade afetiva. Eu mereci e mereço isso. Como você disse várias vezes, eu sou incrível. Incrível demais pra passar por isso.

PARA D.M.M

Filme: O Homem nas Trevas 2


Filme: O Homem nas Trevas 2
Título Original: Dont Breathe 2
Lançamento:  Agosto de 2021
Gênero: Terror, Suspense
Duração: 1 hora e 40 minutos
Distribuidora: Sony Pictures 
Nota: 2,5 de 5

Confesso que eu não sabia que sairia uma continuação de Homem nas Trevas, e me surpreendi quando vi o lançamento. Assisti o primeiro filme no cinema, e me surpreendi pra caramba porque assisti sem muita expectativa e o filme superou todas elas. Homem nas Trevas trabalha mais em cima do suspense do que propriamente do terror e funciona. Mas, Homem nas Trevas 2 quer aproveitar dessa mesma onda e redimir ao mesmo tempo o personagem principal. Mas, antes que eu faça minha análise sobre o que achei, vamos falar do enredo. Neste filme, o homem cego agora vive com uma criança, no qual ele tem uma relação bem protetora regida a treinamentos de defesa e com um passado misterioso. A jovem Phoenix deseja conhecer mais coisas e sair dali, mas acaba ficando isolada em casa por conta do medo do homem cego. A história começa a ter uma reviravolta quando a casa é invadida supostamente por bandidos, que não tem suas motivações reveladas. Quando Phoenix é raptada, os bandidos tentam se livrar do Homem Cego, mas falham que sai em busca da menina e acaba revelando o passado misterioso e sombrio de sua pessoa, além de ter que revelar segredos.

Uma coisa é certa, Homem nas Trevas 2 não chega perto do suspense que o primeiro impõe. O longa tenta focando ao mesmo tempo nas habilidades do cego, que é devidamente treinado, mas falha por querer humaniza-lo de uma forma equivocada. De certa forma, é até compreensível que uma criança mude o pensamento dele e que ele queira com isso se eximir dos erros do passado. Mas, quando isso é colocado dentro do roteiro, o mesmo acaba tirando o clima de suspiro e tensão que deveria ter sido mantido nesse longa. O ponto alto que o longa se apega praticamente o tempo inteiro é a descoberta da motivação dos supostos invasores e do interesse neles em Phoenix. O homem cego continua habilidoso, mas me parece bem menos aterrorizante que o primeiro. Não sei qual era a ideia principal que os mesmos queria trazer com esse longa, mas é fato que ele não envolveu tanto como o primeiro. Aqui temos um suspense levinho, sem muitas tensões, uma tentativa bem falha de humanizar um personagem que no primeiro filme, tinha um lado sombrio muito interessante e que deveria ter sido muito mais explorado nessa segunda parte. Infelizmente, quando uma continuação acontece é difícil superar ou igualar a qualidade do primeiro e isso é o que acontece nesse segundo longa. Homem nas Trevas 2 frustra um pouco as expectativas, mas se você assistiu o primeiro, ainda vale a pena assistir o segundo. Mas, não espere tanto.




O Homem nas Trevas 2 é a continuação oficial de O Homem nas Trevas. A história de um homem cego que aterroriza invasores de sua casa. A sequência se passa anos após a primeira invasão; quando Norman Nordstrom (Stephen Lang) vive isolado na tranquilidade de sua residência até que os pecados do seu passado voltam para cobrar seu preço.



Texto: Sobre pressão constante


    Atualmente, costumo dizer que cada dia é um dia. Minha mente não para nunca. Sinto minha cabeça pesada, por dentro estou implorando para ir para algum lugar longe daqui. Acordo me sentindo pra baixo e esses pensamentos parecem me consumir. Tento desesperadamente enterrar tudo isso.  Tento não demonstrar. Coloco uma maquiagem e sorrio. É assim que a gente finge todo dia pra continuar. Mas, por dentro? Ai já é outra coisa. Vozes na minha cabeça continuam presentes. Essa pressão continua me afundando, me fazendo desesperar. Eu não posso me dar ao luxo de ficar presa nesse loop, mas ao mesmo tempo não tenho ideia de como sair dele. Quero correr pra longe, mas pra onde eu iria? Tenho que passar por isso, tenho que superar. Todo esse peso continua tentando me derrubar. Me fazer ficar no chão. E eu continuo tentando, juro. Cada dia é uma batalha e parece em muitos dias como esse que eu já perdi todas. 

Essa sensação de não pertencer, de não ser igual a todas as outras pessoas continua presente. Ela está aqui há tanto tempo que não sei se algum dia ela irá embora. Parece que não me encaixo em lugar nenhum. Que não dou certo em lugar nenhum. Tudo isso está acabando comigo aos poucos. Será que conseguirei resistir? Será que conseguirei achar meu lugar quando todo mundo a minha volta me diz que para chegar em algum lugar eu tenho que ser como todas as outras pessoas? Pessoas essas que eu não quero ser. Que eu não consigo ser. E eu até já tentei. Tentei agir como todo mundo. Tentei seguir a linha. Tentei mesmo. E não dá. Eu não sustento por muito tempo. Só que sentir isso todo dia me consumindo cada vez mais, me apavora de verdade. Eu não sei mais o que fazer.  Já não sei mais com quem falar ou quem conversar. Quanto mais de pressão eu consigo aguentar? Eu tenho que reagir. Eu tenho que continuar. Eu sei disso. Mas, não é assim tão fácil. E como eu queria que fosse. Só queria achar um jeito de deixar tudo isso apenas sair. Ir. Aliviar minha mente, meu coração, meu peito. Preciso tanto disso. To tão cansada. Tão cansada. É, essa é minha realidade. Mas, eu respiro. Tento distrair minha mente com alguma futilidade e continuo. Só pra mais tarde tudo isso voltar a tona com força. Continuo sufocada. Continuo pressionada. Continuo cansada, Só quero que isso tudo acabe. Só quero me desligar. Respirar. Correr. Me sinto sozinha o tempo inteiro. Sinto que estou correndo contra todas as pessoas, contra o tempo, contra a minha vida.  Sinto como se nada do que eu tivesse feito até agora significasse algo. Sinto-me um ET em uma terra estranha sem lugar aparente. Sem conseguir entender a maioria das pessoas. Sem que as pessoas me entendam a não ser que eu seja como todas as outras pessoas. 

Tenho muitas questões em minha mente, mas a que me mais me apavora é: Conseguirei vencer tudo isso? Conseguirei tirar toda essa pressão em cima de mim? E ao perceber que eu não tenho resposta pra isso, eu me desespero. De verdade. Eu choro. Me dói. Reage. Reage. Eu tento repetir a frase " vai ficar tudo bem" " vai dar tudo certo". Mesmo não sabendo quando isso vai acontecer, se isso vai acontecer e como vou fazer isso. Estou deslocada. Estou pisando em ovos o tempo inteiro. Estou perdida. Literalmente. E se eu não achar meu caminho, ninguém vai me ajudar a acha-lo. Porque foi assim durante toda minha vida, sempre estive sozinha. Sempre.

Filme Cinema: Besouro Azul ( Blue Beetle)


Fime: Besouro Azul
Título Original: Blue Beetle
Duração: 2 horas e 7 minutos
Gênero: Ação. Super Herói
Nota: 3,5 de 5
Distribuição: Warner Bros


Confesso que eu não sabia muito de Besouro Azul antes de o trailer ser lançado. Nem mesmo quando foi anunciado que sairia um filme para esse personagem eu me interessei tanto, mas quando o trailer saiu. A história foi outra. Eu simplesmente fiquei FASCINADA no trailer. Me empolgou muito e eu não sentia essa empolgação tinha muito tempo com algum filme de super herói. Depois de assistir o trailer várias vezes, fui procurar mais sobre o herói, suas habilidades, origem e etc. Eu já tinha visto em uma animação dos Jovens Titãs na Hbo, mas foi só isso.  E eu fiquei ansiosa até o filme estrear principalmente com uma brasileira no elenco em um papel de super destaque. Ela é o interesse romantico dele no filme e eu não podia perder isso. Então lá fui eu conferir e posso dizer com toda a certeza que o filme me surpreendeu e superou minhas expectativas. Se você é fã da DC dever saber que a mesma vem com a imagem defasada devido aos últimos lançamentos serem massacrados pela crítica e com baixa bilheteria como é o caso de FLASH E SHAZAM 2. Com isso, muitos fãs da DC ficaram desanimados e esperavam algo também ruim em Besouro Azul e creio que isso prejudicou muito a bilheteria do mesmo que ganha em muitos pontos dos últimos lançamento da DC. O filme está indo super bem de crítica porém ainda com uma bilheteria fraca pro que era esperado e isso é meio que compreensível por conta de toda especulação, troca de direção, reboot de personagens e bagunça no universo.

Besouro Azul segue uma fórmula muito conhecida no filme de super herói de origens com uma pegada bem mais latina. Você provavelmente vai lembrar de Homem Aranha ( o primeiro com o TOBEY ) porque há varios elementos dele aqui nesse filme como a descoberta dos poderes, a adaptação das habilidades dele enquanto lida com um inimigo, a decisão de ser um herói e lidar com as consequências disso. Tudo isso misturando humor, um pouco de drama e é claro lutas bacanas. 

O diretor soube pegar de tudo um pouco e colocou dentro deste filme, em muitas críticas foi dito que essa fórmula não funciona mais, mas com os longas de heróis defasados e nem tão mais empolgantes, acredito que Besouro Azul se destaque neste aspecto por ser algo que já vimos em um filme de super herói de uma forma diferente. Não espere algo grandioso na vibe de Vingadores, ou algo super diferente porque você com certeza vai se frustrar, mas vá de mente e coração aberto porque o longa vai te surpreender.

Ele emociona, te faz rir e te faz torcer pelo protagonista que é muito cativante. E não, o longa não é perfeito. Tem sim algumas falhas como diálogos sem muito sentido, piadas forçadas demais , uma vilã fraquinha e um ritmo que perde um pouco do folego, mas o restante dos pontos positivos se sobressaem fazendo com o que longa no geral se saia muito bem. Eu sai da sala satisfeita. Escolheram perfeitamente bem os atores principais ( Xolo e Bruna que tem uma química muito boa) e também a família do Jaime que tem uma pegada latina muito forte e que retrata uma família real de forma muito realista aproximando o espectador da história. É um personagem muito bacana, cheio de habilidades legais. Traje muito bem feito, cenas de lutas empolgantes, uma dose de drama para dar humanidade ao herói muito bem ponderada e um humor meio exagerado mas aceitável. 

Besouro Azul com certeza não merece a fraca bilheteria que está tendo. Foi lançado em uma época errada no meio de uma crise que está tentando ser contida dentro da DC. Infelizmente isso acabou prejudicando o mesmo o que não deixa de ser uma pena. Espero ver mais do herói em algum outro filme ou animação da DC e com certeza vou torcer pra ver mais da Bruna em filmes internacionais. Se você é fã da DC com certeza deve dar uma chance pra esse longa. Pode não te fazer vibrar como outros filmes de heróis mas vai superar suas expectativas.







Besouro Azul, baseado nos quadrinhos da DC, segue o jovem mexicano Jaime Reyes (Xolo Maridueña) que, recém-formado, volta para casa cheio de aspirações para o futuro. Em meio a uma busca por seu propósito no mundo - e um emprego - o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena, conhecida como Escaravelho. O besouro alienígena azul escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico - o que lhe dá uma armadura superpoderosa e lhe garante poderes. O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord (Susan Sarandon), que une forças ao vilão Carapax (Raoul Max Trujillo) para recuperá-lo. Nessa confusão toda, Jaime só poderá contar com a ajuda da própria família e da jovem Jenny Kord (Bruna Marquezine). E agora, o jovem deverá enfrentar desafios imprevisíveis, tendo sua vida transformada para sempre, ao se tornar o Super-Herói Besouro Azul.

Filme: A menina que matou os pais/ O menino que matou meus pais


Filmes : A menina que matou os pais/O menino que matou meus pais
Lançamento: Setembro de 2021
Gênero: Caso real, Crime
Duração: 1 hora e 20 minutos cada
Roteiro: Ilana Casoy e Raphael Montes
Onde assistir: Prime Video
Nota: 3 de 5


Finalmente esses filmes foram lançados depois de tantos adiamentos por conta da pandemia. Desde que anunciaram que os longas seriam produzidos, instalou-se uma discussão entre as pessoas. Umas acharam ruim que o longa se baseasse em um crime tão brutal que chocou o país, outras estavam ansiosas para conferir a produção. Acontece que nos EUA é bem comum produzirem filmes baseados em casos reais de assassinatos ou outros crimes. Ted Bundy, um dos seriais killers mais conhecidos do país, tem vários filmes e documentários sobre a série de assassinatos que chocou o país além de outras adaptações. Lá isso não é nenhum pouco estranho. Inclusive, até já resenhei aqui pra vocês o filme do Ted Bundy, o documentário e o filme do Dahmer , outro serial killer famoso. No Brasil, há alguns casos bem famosos de assassinatos mas nenhum deles até então, havia sido adaptado para o cinema.  Não precisamos falar do enredo, porque você já sabe do que se trata. O caso Richthofen ficou conhecido no Brasil inteiro em 2002, quando foi descoberto que a garota arquitetou e com a ajuda do namorado e seu irmão matou os pais brutalmente para ficar com o dinheiro da família.

Algum tempo depois, saiu o anúncio de que o filme estaria sendo produzido e de que Carla Diaz interpretaria Suzane. O borburinho começou mais uma vez, críticas de um lado, elogios do outro. O filme teve seu trailer liberado e previsões que continuavam sendo adiadas para ir ao cinema devido a pandemia. Até que finalmente, a AMAZON PRIME adquiriu os direitos para lançar os 2 filmes em sua plataforma. E foi um sucesso. Ambos seguem a linha de mais assistidos da mesma e tem agradado bastante as críticas apesar de ter algumas falhas de roteiro. O longa que é baseado nos autos do julgamento, sendo assim no depoimento dos 2 sobre o que aconteceu tem como intuito mostrar duas versões diferentes com os mesmos acontecimentos e deixar o público julgar em quem deve acreditar. 

Achei muito interessante essa premissa de fazer 2 filmes com pontos de vista diferente com os mesmos acontecimentos e deixar para que o público julgue e decida por si só. Não há um ordem certa para assistir os mesmos, vai muito de sua preferência, eu assisti primeiro a versão de Suzane e depois a do Daniel. Confesso que depois dessa especulação toda em cima do filme, eu esperava algo incrível. Tipo, de tirar o fôlego. Arrepiante. Eeee não foi bem isso que aconteceu. O desenvolvimento do mesmo é bem morno, e sinto que muitas vezes demoram para desenvolver os pontos interessantes que levam direto ao ponto. O assassinato dos pais da Suzane ficou um pouco de lado, e as reações dos 2 depois do ato, ficou sem destaque esmoecendo o que poderia ser uma atuação muito mais aproveitada. A Carla Diaz está muito bem no papel, e nota-se o quanto ela é boa quando ela precisa gravar a mesma história 2 vezes e se comportar de 2 maneira já que as versãoes são abordadas por cada um com um tipo de personalidade. Pra mim, ficou aquela sensação de um acusando o outro do erro, e nenhum dos dois querendo assumir de verdade a culpa do crime. Os 2 filmes juntos em um só parecem mais ser de verdade do que uma das versões individuais de cada. Nenhum deles ali é bonzinho como alega ser, ou foi influenciado pelo outro. Um ponto positivo foi que achei o longa conciso. Ele não vangloreia os acusados e nem o que fizeram. Apenas explora os acontecimentos e os supostos motivos de os mesmo terem feito isso. 

O filme não teve verba pública, e se baseou nos testemunhos do julgamento, sendo assim os irmãos Cravinho e Suzanne não tem direitos sobre a história ou lucros. E também não tiveram envolvimento com o roteiro ou produção. Creio que alguns pontos poderiam ser explorados , como o Andreas, irmão mais novo da Suzanne que teve um papel essencial ali. Alguns outros pontos mais cruciais da história poderiam ter sido mais explorados para que gerasse uma certa tensão, porém isso não foi atingido com os 2 filmes. Em um certo momento do longa me perguntei se haveria algum ponto alto e poucos momentos de atuação de ambo salvaram essa minha vontade. É um filme bem produzido que peca em alguns pontos de adaptação da história real, mas que em si não deixa de ser bom por instigar a pessoa do outro lado da tela a aguçar sua curiosidade e se perguntar em quais das versões parece mais convincente. É uma ótima pedida se tu curte filmes adaptados de casos reais, assassinatos e outras coisas do mesmo nicho. 










Resenha de Livro: É assim que acaba de Colleen Hoover


Livro: É assim que acaba
Título Original:  It Ends With Us
Autora: Colleen Hoover
Ano: 2018
Páginas: 368
Editora: Galera Record
Nota: 4 de 5

Esse livro me impactou de uma forma que nem sei descrever. Talvez seja um dos que mais gostei da autora. Um dos que mais me emocionaram. É assim que acaba é muito real. Eu admiro muito a Colleen Hoover e AMO de paixão suas obras, mas sempre tem aquelas que você acaba curtindo mais sabe? Tem muito tempo que não me emociono com livros, e a Colleen está conseguindo fazer isso com os últimos livros dela. Vamos falar da sinopse, Lily é uma garota esforçada e independente que se muda para abrir seu próprio negócio. Lá, ela conhece Ryle, um simpático, bonito e charmoso neurocirurgião que parece ser perfeito demais. Os dois acabam se atraindo, e conforme vai se envolvendo com ele Lily descobre que Ryle tem alguns aspectos que ela desconhecia a deixando confusa sobre seu relacionamento com ele. Em parelelo isso, Lily não consegue tirar da cabeça Atlas, seu primeiro amor e a ligação dela com esse passado. Quando Atlas reaparece , Lily começa a repensar em seu relacionamento quando as coisas começam a ficar ainda mais complicadas com Ryle.

Se tem uma autora que sabe abordar assuntos delicados e sensíveis em um enredo com certeza é a Colleen Hoover. Ela desenvolve uma história linda, com temas reais e muito delicados. A forma como ela insere isso na obra de uma forma despretensiosa é muito interessante. Aliás a história começa de uma forma bem morninha, e o Ryle parece aquele tipo de cara perfeito sabe? Aquele tipo de cara que nunca faria algo grave. E é ai que entra um dos assuntos sensíveis: o abuso dentro do relacionamento. No começo, você pensa porque a Lily não larga esse cara? Mas, depois você entende completamente o motivo. O fato do personagem parecer feito e nunca ser capaz de fazer algo ruim, reforça o fato de que não podemos julgar ninguém pelo que vemos e que não conhecemos ninguém como achamos que conhecemos. Lily é uma personagem encantadora e o romance com Atlas me deixou comovida. A forma como eles se envolveram e a forma como ele acaba se tornando seu porto seguro enquanto ela tenta lidar com seu relacionamento, é de uma sensibilidade muito incrível. É assim que acaba é um livro intenso, com temas delicados, cheio de romance, drama e uma história que vai te surpreender em vários requisitos. A Colleen é perfeita. E consegue fazer isso com pouco. Eu recomendo muito. Muito mesmo.











Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.





 

Filme: The Matchmakers Playbook da Passionflix


Filme: The Matchamakers Playbook
Sem título em Português
Lançamento: Março de 2018
Gênero: Comédia, Romance
Duração: 90 minutos (aprox.)
Distribuidora: Passionflix
Nota: 3 de 5
Baseado no romance The Matchmaker's Playbook, de Rachel Van Dyken.
Onde assistir? Passionflix (plataforma estrangeira paga) ou Superflix (Aqui) Loveflix (Aqui )


Se você ainda não conhece a plataforma de filmes chamada Passionflix, antes de tudo preciso explicar pra vocês. É uma plataforma dedicada a adaptar livros de romance, comédia romantica, new adult e outros gêneros. Livros normalmente que fazem bastante sucesso lá nos EUA e que ficaram na lista de mais vendidos. Já houveram algumas adaptações e ao total já vi mais de 5 filmes da plataforma. De todos, esse daqui ainda fica no top 5 de melhores. Adaptado do livro de mesmo nome da autora Rachel Van Dyken, o livro já foi publicado aqui no Brasil com o nome "Manual da Conquista". Mas, voltando ao assunto, vamos falar do enredo? Lembrando que aqui, vou avaliar somente o longa e não o livro com relação ao filme ok?  Ian Hunter é um ex-jogador profissional de futebol bonitão que após um acidente agora sua foca sua vida em ajudar outras mulheres como um tipo de coach. Ele dá dicas de como agir, causar ciúmes e atrair aquela pessoa que nem te nota. Contudo, há regras para que isso aconteça e a principal delas é não se envolver com nenhuma de suas clientes. Isso até conhecer e ter que ajudar Blake Olson. Uma garota bonita, porém tímida e pra lá de desajeitada que não entende nada de conquista. Enquanto os dois estão juntos, faíscam começam a surgir e Ian se pergunta se pode quebrar sua principal regra.

Eu não tinha ouvido falar desse livro ainda, mas da autora dos livros sim. Já comentei em outras resenhas de filmes adaptados pela Passionflix, que a plataforma adapta histórias com baixo orçamento então, não dá pra esperar uma produção grandiosa e muitas vezes atuações um pouco medianas. Neste longa, a plataforma mais acertou que errou. O longa ainda tem aqueles típicos clichês de comédia romântica que conhecemos, do cara bonito transformando a mocinha aceitada em desejável e depois se apaixonando por ela. Você, com toda certeza já viu isso em algum lugar, mas esse longa entretem. As atuações não são excelentes, mas servem bem ao público e seus personagens. O personagem principal é engraçado e usa de seu charme para interagir com o espectador em muitas cenas. Quando o romance dos dois começa a acontecer, nós até torcemos para o casal. Acaba sendo fofo ver os dois juntos mesmo que seja muito previsível. É  um filme muito sessão da tarde, mas muito gostoso de assistir. Tem alguns erros típicos de enredo, e desenvolvimento por conta da baixa produção, mas creio que nada o faça ficar tão ruim a ponto de não ser capaz de assisti-lo. Matchmakers Playbook entretém com leveza e entrega um longa com média performance e boa história. Recomendo.





Após um acidente que deu fim à sua carreira, o ex-jogador de futebol americano Ian Hunter está de volta ao campus - e pronto pra começar seu novo jogo. Como uma das mentes por trás da Wingmen, Inc., uma agência de namoro informal secreta e bem-sucedida, ele está aplicando suas extensas habilidades com as mulheres que procuram namorado. Mas quando Blake Olson contrata os serviços da empresa, Ian pode ter nas mãos sua cliente mais incorrigível.Desde suas maneiras desengonçadas até seu péssimo gosto para sapatos, Blake precisará de um milagre se quiser arranjar um namorado. Pelo menos com um "casamenteiro" à seu lado, ela tem uma chance. Ian sabe que seus conselhos e uma transformação podem fazer de Blake um par ideal, mas conforme ele começa a transforá-la, Ian percebe que está correndo o risco de quebrar sua principal regra: não se apaixonar por uma cliente.


Texto: Acho que esqueci como ser feliz ( Inspirado no filme Barbie: O Filme)


Eu costumava flutuar. Eu costumava pensar mais positivo. A ver as coisas de outra maneira. A sorri mais. A amar minha vida. Mas, agora só parece que colocaram uma lente escura na minha frente. Tudo que eu vejo é mais triste. E isso é decepcionante. Não sei como me sentir. Não sei como afastar esses sentimentos. Não sei como voltar a sentir como antes. Eu costumava saber o que queria. E agora, já não sei mais como me sentir. Isso me apavora. Para que exatamente eu fui feita?  Para onde devo ir?  Tudo parece extremamente difícil. Não sei lidar com isso. Com esse monte de emoções. Com todas essas pessoas. Com todas as coisas que passam a milhão na minha cabeça. 

Por que isso não acaba? Por que tudo não volta a ser como era antes? Eu não sei o que sentir, ao mesmo tempo que sinto tudo. Só me resta tentar. E tentar. E falhar. E sofrer. E querer que as coisas fossem diferentes. Me pergunto quando tudo mudou. Toda a satisfação. Acho que me esquecei como ser feliz. Será que consigo descobrir novamente? Será que consigo encontrar algum outro motivo que me leve a sorrir? A verdade cruel sobre a felicidade é que ela fica só por um alguns momentos, e depois vai embora. Te deixa com os mesmos sentimentos e sensações de antes. E ai você anseia por ela de novo e de novo. E sente que precisa senti-la novamente.  Você tenta e tenta e tenta novamente. Mas,  nunca parece ser como era antes.


Nada volta a ser como era antes . Por mais que eu tente. A realidade me força a ser outra pessoa. Eu só não sei. Só não sei como me sentir. Então, pra que estou aqui? Todos esses sentimentos e pensamentos me forçam a ter que descobrir. E eu terei que descobrir algum dia. Porque se isso não acontecer, o que realmente me restará? No que realmente poderei me agarrar? Será que posso continuar desse jeito?  Onde me lembro como é ser feliz. Descobrir um jeito de ser feliz novamente. De acomodar esses sentimentos. De sorrir verdadeiramente e não apenas porque todo mundo está sorrindo. Sou boa o suficiente em algo? Sou forte pra lidar com tudo isso? 


Só posso continuar tentando..e tentando. E esperando que essas inseguranças diminuam. Que eu encontre meu verdadeiro lugar dentro dessa loucura de sentimentos. Que eu consiga ser o que quero. E não o que fizeram de mim. Só apenas o que quero ser. E sorrir. Sorrir, de verdade. Porque sou feliz . E porque continuarei tentando ser. Do modo que for.


Inspirado na musica " what was i made for" da trilha sonora do filme Barbie 



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