Texto: Desespero ou medo?


Estou tentando novamente. Tentando demais de novo. Será que não aprendi nada com os erros do meu passado? Por que tenho tanto medo de você me abandonar? Por que sempre faço demais ? Por que não sou o suficiente pra ninguém? Minha cabeça explode com perguntas. E nenhuma delas tem uma resposta. Ou talvez tenha, eu só não queira escutar porque dói ouvir. Esse cansaço nunca passa. Essa fase ruim parece eterna. Parece um inferno que estou destinada a ficar presa. Quero muito estar com você. E esse querer é tão grande que estou me submetendo a coisas que no fundo eu sei que não são saudáveis. Que não são a minha altura. Que eu não mereço. Mas, eu me apego na esperança e nas suas palavras de que você vai tentar mudar, porque eu não quero sofrer. Eu não posso me dar ao luxo de errar nesse quesito. Porque nessa fase da minha vida, eu não quero olhar pra trás e chorar por saber que eu devia ter feito algo e não fiz. 

Será que meu valor não é suficiente pra você? Será que eu valho tão pouco pras pessoas? A ponto de nem merecer um esforço pra algo? Estou com medo. Medo de estar tomando decisões baseadas no desespero e no medo de não querer um relacionamento igual ao dos meus pais. Só que adivinhe, ao mesmo tempo estou com medo de estar caminhando para um tipo de relacionamento igualzinho ao deles. E o que vou fazer quando perceber lá na frente isso?  Estou tentando me convencer de que não é o caso. Estou tentando MUITO dizer pra mim mesma que são apenas anseios e que você não é assim. Mesmo quando você é grosso comigo, mesmo quando você me magoa e não pode desculpas. Quando tem atitudes imaturas. Eu tento conversar. 

Tento te fazer perceber que as coisas não podem ser assim. Mas, estou cansando de bater na mesma tecla. De ter que falar. De ter que te fazer pensar. De ter que ser pra você o que você não é pra mim. Então, o que realmente estou fazendo aqui? Estou usando você como uma segurança? Estou com medo de ficar presa no lugar estou ? Penso que é melhor assim do que ficar aqui onde estou? Todos esses pensamentos são EXTREMAMENTE tristes. E isso me cansa. Estou tão exausta emocionalmente. As pessoas nem fazem ideia. Elas nem sequer podem imaginar. Achei que você seria meu porto. Para onde eu poderia correr sem que você me julgasse.  E não quero afirmar que eu me enganei. Não quero estar errada. Não quero admitir que joguei meses da minha vida fora tentando algo com uma pessoa que não me dá a devida importância como eu dou pra ela. Que não faz por mim o que eu faço por ele.  Estou magoada. Estou triste. Estou com medo. Medo do que o desespero pode fazer comigo. Medo de ficar presa aqui pra sempre e ceder. Medo de ir para um futuro infeliz tentando escapar de outro pior. Medo de estar totalmente errada com você e ao mesmo tempo certa de que você não sente na mesma intensidade que eu. Cansei de falar que achei que seria diferente.

 Eu, de novo, achei. Eu , de novo, acreditei nas palavras das pessoas e não nas atitudes. Eu me deixei levar e a culpa é minha. Me prometi não me colocar na mesma situação de antes, mas você sabe como usar o que sinto por você exatamente como meu ex fazia. Para que eu ficasse ali. E tivesse a mim. Fazendo de tudo por você. Espero que seja só a ansiedade. Espero que isso tudo seja um delírio da minha cabeça. E espero que tudo isso cesse e que eu não toma mais uma decisão errada na minha vida, como muitas que me trouxeram a essa situação.  Essa situação que me prende e me mata por dentro cada vez mais aos poucos.

Filme: A Babá ( A rainha da morte)


Filme: A Babá A Rainha da Morte
Título Original: Babysitter The Killer Queen
Gênero: Terror, Comédia
Duração: 1 hora e 40 minutos
Lançamento: Outubro de 2022
Nota: 3 de 5
Onde assistir? Netflix
 

A babá * a rainha da morte segue a sequência do primeiro filme ( a babá de 2017) depois que Cole escapa do ritual satânico planejado por sua babá Bee que resultou em sua morte no fim. Nos dias atuais, Cole sofre as consequências daquela noite já que ninguém acredita em sua palavra, pois não foram encontrados os corpos de ninguém que morreu naquela noite. Cole, tenta então seguir sua vida e tem somente sua amiga Melanie como testemunha daquela noite. Quando Melanie o convida para ir até uma cabana longe, Cole desconfia de que algo está errado e Melanie se mostra não ser quem ele pensa que é. Para seu desespero, Melanie também faz parte do ritual e agora quer terminar o que Bee começou. Com os participantes originais de volta da morte, e até a presença de Bee , Cole se vê preso novamente em uma noite infernal tentando escapar com vida e contando com a ajuda de uma nova personagem Phoebe.

Como tinha mencionado no primeiro filme, A babá 2 segue a mesma linha de gênero e tenta reviver os atos do primeiro filme o que me incomodou bastante. O fato de Melanie fazer parte do culto não me surpreendeu tanto, mas confesso que esperava algo diferente apesar do final não ter ido na direção esperada. Esperei que fosse inovar neste longa com novos personagens, mas trouxeram mais do mesmo inclusive com os mesmos protagonistas do primeiro, sem muita explicação de como eles voltaram da morte sabe? Cole, dessa vez, não é tão inocente e eles parecem bem menos assustadores neste longa. As piadas se mantém no mesmo nível e até iguais em alguns parametros quando se fala de alguns personagens o que realmente me incomodou pois em alguns momentos senti como se estivesse assistindo ao primeiro filme. 




Depois de assistir esse filme, fica meio claro para mim que a babá não precisava necessariamente de uma continuação. Muitas coisas não fazem muito sentido aqui, e a reviravolta do final em que Bee de repente fica boazinha e sacrifica sua alma em prol dos dois, já que Bee também foi babá de Phoebe. É um daqueles filmes de terror slasher que voce pode colocar na sessão da tarde e ficar de boas assistindo. Sem esperar muitas emoções e muitas coisas. Temos Bella Thorne e mais alguns rostinhos conhecidos de volta nessa produção.


Filme: A Babá


Filme: The Babysitter
Título Original: A Babá
Gênero: Comédia, Terror
Duração: 1 hora e 25 minutos
Nota: 2,8 de 5
Onde assistir? Netflix


Fazia um tempo que já tinha assistido esse filme, porém acabei que ele ficou esquecido e eu não me lembrava direito da história, então resolvi reve-lo para fazer uma resenha mais fresca para vocês. Cole é uma criança frágil que sofre bullying na escola  e é apaixonado por sua babá Bee. Quando seus pais a deixam sob seus cuidados novamente, Cole fica curioso pra saber o que ela faz quando está dormindo e se mantém acordado. No entanto. o que era pra ser algo inofensivo se torna algo inesperado quando ele descobre que sua babá está fazendo um ritual de adoração ao diabo. A noite se transforma numa tremenda loucura cheia de sangue e reviravoltas, em que Cole terá que fugir de Bee e sua seita.



A Babá pode ser confundido com terror, mas pra mim, não chega nem ao menos perto disso. O longa tem aquelas vibes de slash terror com humor forçado em que se jorra sangue, se mata por todo o canto e ainda assim tentam fazer disso uma comédia. Não sei se gostei tanto deste longa justamente por ele não se decidir o que quer ser. Em alguns momentos ele definitivamente quer forçar uma tensão para que o espectador fique tenso e não saiba se vai sobreviver em outros, extrapola isso usando de mortes bizarras e piadas extremas e até exageradas num contexto meio ridículo de matança para adoração ao diabo. No final, não sabemos muito se valeu a pena, mas ao menos o longa te distraiu. É aquele slasher meio sem graça mesmo. Me lembrou muito " a morte te dá parabéns" ou a franquia " todo mundo em panico". 



O longa tem um ritmo de velocidade bom, mas em alguns momentos fica entediante com todos tentando matar o menino e ele escapando por sorte com os outros morrendo em mortes meio bizarras sabe? Tudo aquilo parece doido demais e sem sentido nenhum. Não tem muita coerência e definitivamente não te assuste e nem te faz rir também, já que as piadas não são dignas de risadas. A babá não sabe ao que veio, não sabe o que quer entregar, mas tenta te entreter com piadas em horas inapropriadas, muito sangue jorrando, mortes doidas e nenhum sentido. Dá pra distrair.


Conto: Sobre não aceitar

- Estou esperando.


- Esperando o que?


- Você não tem nada pra me dizer sobre o que aconteceu?


- Não.


- Tem certeza?


- Tenho.


-Então, você quer ficar assim? Entre nós?


- Não quero, mas não quero ficar ouvindo você falar. 


- O que quer dizer com isso?


- Você tá ai sempre falando. Sempre me criticando. 


- Não vou permitir que você me trate da forma que que quer. Se você quer alguém boazinha que abaixe a cabeça pra tudo que disser, sugiro que procure outra pessoa.


Ele bufa e fica silêncio. Ficamos assim por uns 2 minutos.


- É isso que você quer? - digo


- Eu quero você - ele diz


- Então, você vai ter que aceitar que eu não serei tratada assim.


- Você é muito insistente.


- Insistente?


- É. Quando eu não quero falar. Não fica me ligando, Me mandando mensagem. Me deixa sozinho.


- Eu não sou clarividente. Não tenho poderes mágicos e nem sei ler sua mente, então se você não me disser eu não vou saber. Você tem direito de querer ficar na sua. De ter raiva. Mau humor. Mas, eu não posso ser penalizada por isso.  


- Você é sempre a certa.


- Isso é uma ofensa? Se for, pra mim não soou. Eu aprendi muitas coisas levando muito na cara. Perdoando e me culpando por coisas que não eram minha culpa. E sim, eu sou insistente. Mas, se eu não fosse insistente, ainda estaríamos juntos?


- Eu não sei. 


- Se eu te devolvesse na mesma moeda, com certeza você teria terminado comigo. Mas, se você quer ter certeza, tenta a sorte. Termina comigo. Acha uma bobinha pra abaixar a cabeça pra você que eu duvido muito. Ou quando achar outro alguém, na primeira que você for grosso, a pessoa te manda para aquele lugar e some. É assim que as coisas estão hoje em dia.


-Não quero perder você.


- Então para de me dar motivos para querer sair da sua vida. Em um relacionamento, ambos tem que ceder, fazer algo que não gosta pelo outro, se permitir, reconhecer o erro, conversar e tentar aprender.  Se você não tá disposto a isso...então não há o que fazer.


- Você tá dizendo pra terminarmos?


- Não. Apenas que certas coisas nem o amor segura. Relacionamento é trabalhoso. É chato. É preciso dedicação de ambos. 


- Fica comigo. Não vai embora.


- Não quero ir. Mas prometi pra mim há muito tempo atrás que não me humilharia por mais ninguém. E por mais que eu te ame, se chegar ao ponto de eu ter que me humilhar porque você me magoou, não voltarei mais atrás.



Ele fica em silêncio e eu também. Uma lágrima escorre pelo meu rosto enquanto eu rezo para que ele tenha ouvido. Porque não quero estar errada de novo. Não quero sofrer de novo. Eu mereço mais. 

Filme: Todos Menos Você


Filme: Todos Menos Você
Título Original: Anyone Bu You
Lançamento: Janeiro de 2024
Duração: 1 hora e 44 minutos
Gênero: Comédia Romantica. Romance
Nota: 2,8 de 5
Onde assistir no momento? Max


Sabe aqueles filmes que você cria uma GRANDE expectativa e quando finalmente consegue assistir se frustra? É o que aconteceu neste caso. O longa viralizou bastante no tik tok com uma trend envolvendo uma música que estourou lá nos anos 2008,2009 junto com um vídeo com a pessoa em questão saindo do cinema feliz com o namorado (a) depois de assistir esse filme. Ai eu pensei " nossa esse filme deve ser realmente muito maravilhoso", mas com muita paciencia esperei o mesmo sair de cartaz e ir pro streaming e ele acabou entrando para o catálogo da MAX e ai quando acabou que minha frustração ficou presente.

A premissa do filme é extremamente clichê, Bea e Ben se conhecem em uma cafeteria e tem um primeiro encontro até bacana, até que ela escuta um comentário negativo sobre ela, e ele entende a atitude ela como imatura. Resumindo: os dois acabam se afastando e consequentemente se odiando. Mas, quando os dois são obrigados a se reencontrar e se reaproximar devido amigos em comum e um casamento na Austrália, ambos decidem fingir que estão juntos para que as pessoas ao seu redor parem de ficar forçando um relacionamento entre eles. É tudo fingimento até que um sentimento começa a surgir desta relação. Será que eles se gostavam de verdade?

Tanto se falou e falou desse longa mas a verdade é que TODOS MENOS VOCÊ não é tudo isso não. O longa não chega nem perto de ser uma daquelas comédia romanticas que você quer assistir várias vezes. Não estou dizendo que o filme é ruim, a verdade é que simplesmente ele não tem nada demais. E quando eu digo nada demais, é nada demais mesmo. A quimica do casal de atores de principais é ok, nada muito envolvente. A história não tem nada de muito relevante, ela até começa bem com alguns pontos muito bacanas, mas se perde no meio do caminho com a intromissão dos amigos e família, e a tal rivalidade que se forma entre eles conforme o longa vai se desenvolvendo.  Eu queria muito ter gostado mais desse longa e definitivamente ter uma opinião mais positiva sobre o mesmo, mas considerando todo o hype que colocara em cima de longa, não creio que ele tenha atingido as expectativas.

Definitivamente o longa é uma junção de vários elementos cliches ja vistos em outros filmes do genero, e se percebe que foi feita uma tentativa honesta de trazer novamente aquela essencia boba, bacana e fofinha dos filmes de comédia romantica dos anos 2000 e confesso que em alguns momentos até funcionou, mas não como deveria. O filme rende umas risadas, alguns momentos legais, mas não entrega o romance esperado. Com toda a certeza, falta um pouco de emoção, um pouco mais de desenvolvimento em algumas coisas e menos em outras. É legal, não chega a ser fofo nem muito menos emocionante. É só um filme ok. E é isso. 








Filme : Lilo e Stitch ( Live action 2025)




Filme: Lilo e Stitch
Lançamento: 22 de maio de 2025
Duração: 1 hora e 48 minutos
Gênero: Animação, Família
Nota: 3,5 de 5
Onde assistir? Cinemas
Produção : Disney
Baseado na animação de 2002


Finalmente chegou o dia, e agora podemos falar de um dos filmes mais esperados de 2025. É verdade, que a Disney tem perdido a mão com alguns live actions e depois do fracasso e hate de Branca de Neve, criou-se grande expectativa em cima desse longa.

Se você é adulto, e fã da Disney sabe muito bem do que se trata o longa. Baseado na animação de 2002, um alienigena chamado de experimento 626 criado por um cientista para destruir chamado Jumba. Quando o experimento escapa em uma nave e vai acabar parando na terra, Jumba e Pigley são enviados para captura-lo. Porém, o animal que não é identificado é adotado pela pequena Lilo e sua irmã mais velha Nani que estão passando por problemas familiares. Enquanto, Stitch causa confusão em suas vidas, elas precisam lidar com todos os problemas para mostrar que são uma família.

Há certas coisas que o próprio pessoal da Disney confirmou que não é possível passar pra um live action porque ficam inviáveis. Em uma animação é sempre mais fácil desenvolver as coisas, mas quando passam-se para o mundo real , ai já fica mais difícil e com isso o longa tem certas diferenças, com cenas novas, alguns personagens novos  e mudanças com relação a animação.

A escolha dos atores foi satisfatória para os personagens da Lilo, Nani e Dave. Eles interagem muito bem entre si e criam uma conexão muito fofa de se ver. Aqui, deu pra notar que a Disney preferiu exaltar alguns pontos deixando outros de lado, sendo assim alguns personagens perderam seu ar da graça.

Os live actions da Disney normalmente aprofundam uma relação que na animação original não foi tão explorada ou foi muito rápida como em Cinderella ou Branca de Neve. Em Lilo e Stitch, focaram bastante na relação de irmãs das duas, e da forma como a Nani queria ir atrás dos seus sonhos sem deixar a Lilo pra trás.

Os esforços da Disney foram todos para deixar o Stitch, o mais fofo possível. E conseguiram. E não deve ter sido uma tarefa fácil já que o bichinho é bem atentado e agitado. Entendi porque algumas mudanças foram feitas, e apesar de parte de muitas e muitas cenas estarem lá, a essência do filme é um pouco diferente da animação.

Com o hiper foco na Lilo, no Stitch e na Nani, alguns personagens ficaram muito apagados e suas participações meio alteradas como o Cobra Bubbles, Pingley e o Jubba. Esses antagonistas traziam um ar de comédia pro filme além do Stitch, mas aqui ficaram de lado. O bubbles quase não aparece, mudam totalmente seu objetivo e o Jubba e o Pigley então? Perderam meio que a graça. Eles até são engraçadinhos, e achei inteligente a escolha de usarem a ideia de eles ficarem disfarçados como humanos porém a graça era eles serem alienigenas que vestem roupas de humanos e falam frases iconicas com contexto.

Aqui, as coisas ficam meio mornas. A Disney se esforçou para que o Stitch parecesse mais um bichinho desobediente, do que realmente um ser que quer causar destruição e caos. A Lilo consegue doma-lo muito facilmente nesse longa, e percebemos que o foco é vender o Stitch como animalzinho fofinho.

Até a cena do disco que era pra ser mais engraçada por conta da cara de espanto de Nani, foi modificada e meio apagada. O que nos pega são os momentos criados que estão ali, as principais partes da animação assim como as falas estão presentes trazendo nostalgia, e o vínculo forte de ser um filme com mensagem familiar é muito reforçado. As relações da Lilo com as amigas que a excluem também foi diminuida. A Mirto do desenho foi meio que esquecida já que algumas cenas com ela nem acontecem sabe? E a parte da Lilo ser briguenta era a parte engraçada.

Então, Lilo e Stitch não é uma cópia da animação em questão de cena por cena, porque é literalmente impossível fazer isso, ele tem suas próprias diretrizes, mas deixa tudo muito mais fofo com a interação da pequena Maya com o Stitch, e momentos leves e fofinhos para guardar na memória. Esperava um pouco mais na verdade, porque minha expectativa estava alta, e entrou na lista dos melhores lives actions da Disney, mesmo com alguns pontos menores que ainda fazem a animação sair na frente e ser melhor do que essa adaptação. Vale a pena o ingresso. Você vai querer abraçar e apertar o Stitch e é isso que a Disney quer.











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