Pra refletir: Miss Americana, documentário da Taylor Swift


Você deve estar pensando que esse tipo de documentário é destinado aos fãs de Taylor e de sua música. E isso pode até ser verdade, de um certo modo. Por outro lado, Miss Americana conta um pouquinho da trajetória de Taylor até ela se tornar essa estrela mundial focando em pontos que valem muito uma reflexão. Pra vida mesmo sabe? E eu pelo menos senti muito isso. Não sou do tipo super fã dela, ouço algumas músicas algumas vezes e curto bastante o lance de ela escrever suas próprias músicas usando de sentimentos e situações que ela mesma vivencia em sua vida. 

É tipo se conectar com seu coração, coisa que eu me identifico já que faço o mesmo escrevendo textos e ela escrevendo músicas. Essa seria a fórmula de sucesso de Taylor? Escrever suas próprias músicas. O que mais curti nesse documentário é que vemos a Taylor de uma outra perspectiva, não como uma cantora global que quebra recordes e tem a vida perfeita. Aqui, em muitas cenas vemos uma Taylor humana. Humana e frágil. Vive o sonho dela de uma forma maravilhosa, mas tem todo o peso de ser uma artista global. Sendo julgada pela internet, pelos tabloides e por pessoas dizendo o tempo todo o que ela deve falar, como deve se comportar e que principalmente não pode se posicionar sobre nada. Ou seja, se comportar como uma boa menina. Dizer o necessário e nunca mais isso. Afinal, a carreira dela e sua imagem podem acabar arruinadas. A pressão em cima disso é tão grande que em alguns momentos sentimos uma Taylor frágil demais e prestes a desmoronar quando vê que o sucesso e a fama não são suficientes pra ela. E não basta apenas sofrer tudo isso, ainda tem aquela pressão pra se manter no topo. Porque se você não faz sucesso como o último lançamento, obviamente é flop ou tem algo errado. Ou se faz sucesso, as comparações começam. É frustrante e parece nunca estar bom o suficiente. Esse tanto de sentimentos e sensações na vida de uma pessoa que acima de tudo é humana é de enlouquecer. 

A imagem que as pessoas foram construindo da Taylor como uma garota que canta letras românticas com uma imagem até então inocente conflitando com quem ela queria ser de verdade e como ela queria se posicionar. O documentário mostra que as coisas não são como pensamos ou achamos que é. A vida de ninguém é perfeita. Nem mesmo de uma pessoa que tem fama, dinheiro e tudo que uma outra pessoa poderia sonhar. A evolução da cantora tanto na música como seus sonhos, desejos e inspirações acabam aparecendo no documentário e sua vontade de se posicionar. De ser alguém que pode mostrar no que acredita, e no que é contra. Uma Taylor mais livre, que pode tomar um pouco mais de suas decisões e ligar o foda-se pra quem acha o que quiser dela. 

Uma parte bem triste é sobre a busca pelo corpo perfeito em que a mesma confessava vomitar, ou não comer para ficar magra. Chegando até a ficar tonta a ponto de desmaiar em alguns shows. Ou do câncer de sua mãe. O fato de explorarem os relacionamentos que não deram certo de uma forma maldosa. Ou de ter poucos amigos que a realmente entendam ou a vejam como a Taylor pessoa. É tudo muito forte. Um documentário cheio de pontos pra se refletir, levar pra vida e pensar bem antes de criticar alguém baseado em uma fofoca, notícia ou acontecimento sem saber o que realmente houve na realidade. Ninguém foge do julgamento. 

E mesmo com tantos recordes quebrados, shows lotados, milhões de discos e singles no topo podemos ver que todo artista é HUMANO. E na maior parte do tempo nos esquecemos disso, cobrando-os o tempo todo. Seja por aquele disco ou música que precisa estar no topo. Seja por algo relacionado a sua vida pessoal. Seja por ser quem é. Precisamos nos lembrar que por mais que ela seja uma figura pública, que ela não tem sentimentos ou um coração que se magoa. E que tanta atender as expectativas mesmo não conseguindo. É um documentário pra fãs de sua música, e de sua carreira. Para conhecer um outro lado. Mas é também um documentário para quem quer refletir e enxergar o outro lado dessa vida. Pra quem quer aprender e evoluir.

Aproveite para ter um super desconto com esse cupom




"Eu sei que se eu não escrevesse minhas próprias músicas, eu não estaria aqui"

"Quando você vive da aprovação de estranhos, é daí que você obtém toda sua alegria e satisfação. E é só uma coisa ruim acontecer, que tudo pode desmoronar."

" Sempre há algum padrão de beleza que você não vai alcançar"

" Se você é magra o suficiente, você não tem a bunda que todo mundo quer ver. Mas se você tem peso suficiente e uma bunda, sua barriga não está chapada o suficiente"

"Uma garota legal sorri e acena. Uma garota legal não faz as pessoas se sentirem desconfortáveis com suas opiniões"

"Quero trabalhar muito enquanto a sociedade ainda tolera ser bem sucedida"

"Quero usar rosa e mesmo assim me posicionar sobre política. Não acho que essas coisas tenham que se cancelar"




Um comentário:

  1. Este documentário parece ser interessante, vou colocar na lista para assistir.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com

    ResponderExcluir



Topo