Texto: O texto mais sincero que já escrevi


Hoje, eu preciso falar sobre a minha ansiedade. De uma forma pura. Sincera. Aberta. Digo isso, porque conviver com a ansiedade é foda. É como estar em uma montanha russa o tempo todo. E ela nunca para. Outros dias está em cima, e outros dias embaixo. Bem embaixo. Tão embaixo que você chora sem motivo. Ou simplesmente acha que não dá pra prosseguir. Nos dias que está em cima, você sente vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, mas não sabe por onde começar. Planeja e planeja, mas acaba não começando. Afinal, no fundo você acha que vai acabar não dando certo. Minha ansiedade me faz questionar quem eu sou. 

Me faz questionar a imagem que vejo no espelho. Interior e Exterior. Me faz odiar meu corpo e fugir da balança. Me faz comprar besteiras escondido e não contar pra ninguém. Me faz comer sem fome e depois se sentir culpada por isso. E dizer pra todo mundo que tá tudo bem. Que vou começar uma dieta. Que vou emagrecer pra me encaixar no padrão, porque é isso que as pessoas querem. É quem elas consideram bonitas, admiradas. Me faz postar uma foto e me sentir péssima se ela tem poucas curtidas. Me faz questionar o que tem de errado com ela e porque a foto de fulano leva mais curtidas que a minha. É ridículo. É besta. E ai eu sinto raiva. Raiva por sentir tudo isso. Raiva por ser assim e não conseguir reagir. Raiva por ninguém ligar pro que você realmente sente. Raiva por quererem estar do seu lado somente quando você posta notícias boas que são do interesse da pessoa. É preciso construir uma imagem perante a sociedade e em rede social. Isso é fato. E essa imagem varia de acordo com a pessoa. E não dá pra falar pra ninguém. 

Muitas pessoas inclusive vão achar que é exagero. Com certeza, eu sou doida. Com certeza, eu sou depressiva. Com certeza, eu tenho problemas. E sim, eu tenho. Mas eu os admito, e os exponho de forma aberta. Sem saber se vão me julgar, sem saber o que vão pensar. Apesar de nos dias de escuridão ficar com medo do julgamento. Sentir insegurança. Ah, a insegurança. Outra inimiga que a ansiedade me trouxe. Me cansa tanto. Eu sou insegura. Pra um cacete. E tento tanto esconder isso que as vezes me canso mais do que deveria emocionalmente. E ai entro em um loop infinito de sensações que me levam a pensar quando conseguirei controlar isso. Se é que conseguirei.  


A verdade é que eu nunca sei me encaixar. Nunca. Se eu falo, falo demais. Se eu não falo, estou estranha. Se falo alto, pedem pra falar baixo. Se falo baixo, parece que não sou ouvida. Se demonstro minha fragilidade dizem que estou tentando manipular as pessoas com meu choro. Se escondo, estou me fazendo de dura. É cansativo demais. Já tenho meus gatilhos me cansando. Não preciso mais disso sabe? Minha ansiedade sempre esteve aqui, sempre me fez duvidar de mim mesma. Me achar inferior. Me achar inútil. Achar que eu não merecia nada. E por algum tempo consegui controla-la com ajuda. Mas esse trem não tem cura. Não tem mágica que a faça desaparecer. Você só tem que aprender a conviver com ela, em seus altos e baixos. E saber que para controla-la, precisa controlar a si mesma. E que eu, e você está no controle de cada um.

Um comentário:

  1. Boa Tarde Cybelle
    Excelente seu post,é um tema super atual e infelizmente tem sido mais frequente do que nunca,eu mesma comecei ater ansiedade em setembro do ano passado,em dezembro consegui controlar,mas infelizmente voltou por conta da pandemia,é realmente horrível,espero que logo isso tudo passe.
    Beijos
    faz uma visitinha no meu blog vou amar.

    > https://rosinhamelomoda.blogspot.com/2020/03/review-resenha-do-emagrecedor-natural.html

    ResponderExcluir



Topo