Livro: A Garota no Trem
Autora: Paula Hawkins
Ano: 2016
Páginas: 378
Editora: Record
Nota: 5 de 5
Desde que esse livro foi lançado as críticas positivas só cresceram e minha curiosidade também. Um tempo depois a adaptação do filme foi anunciada e lançada e ai eu assisti a mesma antes de ter a oportunidade de ler o livro e amei( se você não sabe como é o filme, clique aqui) e hoje finalmente venho aqui dar minha opinião sobre mais um livro adaptado para os cinemas. Acredito que eu não precise falar muito sobre a história do livro, já que o mesmo figurou entre os mais vendidos por várias semanas mas vamos lá: Rachel pega o mesmo trem todos os dias para ir supostamente ao trabalho no mesmo horário e ocupa o mesmo lugar: perto da janela. Ela gosta de observar as pessoas lá fora, mas principalmente um casal específico que mora em uma casa que ela costumava morar e com uma vida que ela costumava ter. Rachel bebe e tem apagões tudo para amenizar a dor da traição de seu ex-marido: Tom que agora vive com a amante na casa que eles moravam. Um fato interessante muda tudo quando a mulher que ela costuma observar todos os dias do trem desaparece. Rachel, que de algum modo em sua cabeça se sente conectada com ela acaba descobrindo alguns segredos meio sem querer sobre a mesma e acaba se envolvendo mais do que gostaria. Essa mulher aleatória é uma peça chave em outras relações que farão Rachel querer buscar uma resposta e a verdade.
Se tem um livro de suspense/drama bem escrito é esse. A autora está de parabéns porque posso bater palmas de olhos fechados. A Garota no Trem é brilhante e muito bem elaborado. A ideia principal se desenvolve de uma forma simples, mas deixa ganchos e conexões escondidas que se interligam e complementam conforme as coisas vão desenrolando. E como eu admiro autores que conseguem fazer com que a história no começo pareça uma coisa fornecendo apenas alguns detalhes e no final una os pontos que faltavam com os mesmos momentos e uma visão diferente fazendo com que o leitor se toque sobre o que há por trás daquilo. É isso que acontece com esse livro. Narrado sobre o ponto de vista de Anna ( a atual mulher de Tom, ex- de Rachel), Megan ( a garota que desapareceu) e Rachel a autora nos dá características interessantes sobre a mesma e as fazem interligadas por algo que a gente só percebe bem no final. Como é bom ler histórias que você nem ao menos imagina o que pode acontecer. As três personagens são muito diferentes, mas ao mesmo tempo tem muito mais coisas em comum do que qualquer outra pessoa. A leitura flui de uma forma muito interessante e não empaca em nenhum momento.
A autora sabe fornecer as informações certas nos momentos certos deixando o leitor ávido por mais e por saber o que pode acontecer ali. Durante todo o tempo da leitura pensei na adaptação para o cinema e curti muito. O longa foi muito fiel ao que estava escrito no livro, tanto como captar os momentos mais importantes para que a história não ficasse mal explicada como para manter o clima da história. Pouquíssimas coisas foram alteradas da história do livro para o cinema e isso me deixou muito feliz. É um suspense que não tira o fôlego, mas te mantém preso ali até o final. Você quer saber o que vai acontecer. Você sente pena da Rachel, da Megan e até de Anna. Consegue compreender as dores de uma pessoa e o que certos machucados fazem na vida da mesma. Eu senti a dor de Rachel, a compreendi, tive suspeitas dela e no final a achei ainda mais corajosa do que pensei. Não vou falar muito mais para não soltar spoiler, mas um personagem ai é o fator principal pra TUDO que se desenrola e interliga essas três mulheres de um jeito muito laçado e inteligente feito pela autora. Uma história escrita de maneira brilhante e com o foco em não apenas um personagem mas em vários que se interligam e no final viram um só. Muito bem escrito, uma história muito boa. Leiam o livro apenas. E assistam o filme. Vale muito a pena. Se você não se rendeu ainda essa é a hora.
Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio por galpões, caixas d’água, pontes, casebres e aconchegantes casas vitorianas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, “A garota no trem” é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.
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