Resenha de Livro : Charlotte Street

Livro: Charlotte Street
Autor: Danny Wallace
Ano: 2012
Páginas: 399
Editora: Novo Conceito
Nota: 2 de 5

Pela nota vocês já podem notar que esse livro foi mais um daqueles que não fluiu pra mim. É uma pena de verdade. O livro tinha TUDO, TUDO pra que me encantasse e entrasse na lista dos favoritos mas isso infelizmente não ocorreu. A capa do livro é bonita, o subtítulo e a sinopse são interessantes e despertam curiosidade. Pelo subtítulo da obra você espera um romance leve e divertido porém não é isso que acontece. O início do livro até que é bom, a narrativa começa sem muitas enrolações mas conforme as páginas vão avançando a coisa vai ficando morna e chata. Gente, que vontade eu tive de largar o livro no meio. Mas antes de formar minha conclusão vamos falar da história do livro. A história gira em torno de Jason um ex-professor e colunista de um pequeno jornal, aqueles que ninguém lê. Em um momento inesperado, ele topa com uma estranha na rua e a ajuda com um monte de sacolas enquanto ela tenta entrar em um táxi. Por alguns momentos, ele se pega encantado pela moça porém ao perceber que o táxi se afastou só depois nota que a moça deixou uma câmera descartável em sua mão. Sem sucesso, ele não consegue devolve-la e acaba ficando com a camera que pode revelar pistas da vida e de quem seria aquela mulher. A partir dai começa uma saga dele com seu colega de quarto Dev para tentar descobrir quem é aquela moça e se ele poderá encontra-la novamente. Sem contar muito mais da história, basicamente o enredo explora outros personagens que ajudam o principal, as coisas vão acontecendo e ai ZZZZzzzz. Que preguiça, gente. Acontecem muitas coisas, mas nada que te prenda no enredo sabe? As páginas passam por passar. O romance dos personagens não flui e não encanta. Tudo se perde no envolvimento, o personagem em si não é cativante, é chato e não tem nenhum ponto forte.

 O excesso de referência a coisas que nem sabemos o que é, é muito presente no livro, um dos pontos que me irritou muito. Outra coisa, o personagem principal é chato, imaturo e até inseguro. Chega a irritar muitos diálogos deles e alguns momentos envolvendo ele se perdem já que não se consegue entender o que realmente está acontecendo. Passam-se páginas e mais páginas onde tudo fica morno, nada acontece, nada prende e nada surpreende tornando a leitura cansativa e entediante. Em poucos  momentos consegui acompanhar de verdade a história.  Queria que o enredo fosse diferente dos autores que querem contar histórias que acontecem de repente como em 500 dias com ela, não acontece nada e fica por isso mesmo. Resumindo? A história não fluiu. Não vou dizer que o livro é ruim, só vou afirmar que não foi o que eu esperava e que caiu muito no meu conceito pelo modo que o autor descreveu a história, os personagens e sua narrativa. Quase  400 páginas de uma história super morna. Recomendo para quem quiser tirar sua própria opinião, mas Charlotte Street ficou abaixo da média pra mim.



"Eu me pergunto se nós deveríamos começar com as apresentações. 
Eu sei quem você é. Você é a pessoa que está lendo isso. Por qualquer razão, e em qualquer lugar, esse é você, e logo nós seremos amigos, e você nunca me convencerá do contrário. E eu? Eu sou Jason Priestley. E sei o que você está pensando. Você está pensando: Meu Deus! Você é o mesmo Jason Priestley, nascido no Canadá em 1969, famoso pelo papel de Brandon Walsh, personagem central da popular série americana Barrados no Baile? E a resposta surpreendente para essa sua pergunta bastante sensata é não. Não, não sou eu. Eu sou o outro. Sou o Jason Priestley de 32 anos que mora na Caledonian Road, em cima de uma loja de vídeo game entre uma agência de notícias polonesa e aquele lugar que todo mundo pensa ser um bordel, mas não é. O Jason Priestley que desistiu do seu trabalho de representante/chefe de departamento em uma escola ruim, no norte de Londres, para perseguir um sonho de ser jornalista depois que sua namorada o deixou, mas que terminou solteiro e frequentador de restaurantes baratos, e espectador de filmes horríveis e, portanto, pode escrever sobre esse tipo de filme naquele jornal gratuito que te entregam no metrô e que você pega, mas nunca lê.



Ela não se importou com a possibilidade de eu ver isso? Ela não percebeu que isso viria diretamente na minha tela, diretamente no meu estômago? Essas fotos... Tiradas do lugar e do ângulo que eu costumava vê-la. Mas agora não sou eu por trás da câmera.


Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...

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