Eu assisti: A Cabana



Filme: A Cabana
Título Original: The Shack
Lançamento: 6 de Abril de 2017
Duração:  2 horas e 13 minutos
Gênero:Drama
Nota: 3 de 5
Obs: Baseado no livro de mesmo nome de William P Young publicado aqui no Brasil

Acredito que todo mundo deva conhecer o livro em que esse filme foi baseado, já que na época que foi lançado o mesmo se tornou um fenômeno. É isso mesmo. O livro vendia muito, e não saia da lista de best sellers e isso continuou por muito tempo. Foi uma verdadeira febre. Todo mundo tinha, queria ou leu emprestado. No total, foram mais de 18 milhões de cópias vendidas pelo mundo e não é a toa que uma adaptação foi fechada algum tempo depois para acontecer devido ao grande sucesso. Eu lembro de ter lido A Cabana há um bom tempo e de ter me emocionado bastante. Hoje, exatamente não me lembro de muitos detalhes da história então a minha opinião sobre o longa serás somente baseada no que vi do filme. Acredito que você que está lendo essa crítica agora saiba muito bem do que se trata o filme, mas vamos lá dar um breve resumo né? Um homem que sofreu na infância agora tem uma bela família e é bem feliz. No entanto, durante uma viagem com a família e um acidente com uma das filhas, ele nota o sumiço de Missy sua filha mais nova. A polícia investiga o caso, e acaba encontrando uma cabana com vestígios de que a criança foi violentada e assassinada. O cara fica inconsolável e não consegue aceitar o fato de que perdeu sua filha. Enquanto se perde em sua dor, se afasta de sua família e vive como um zumbi ele recebe um bilhete misterioso pedindo que encontre alguém na mesma cabana das montanhas. Apesar de achar uma loucura, e acreditar por um momento que estivessem zombando dele o cara vai até lá e tem uma experiência completamente única. Ele precisa aprender a deixar a dor pra trás, cuidar de sua família e principalmente perdoar. 

Há algumas coisas nesse longa que me incomodaram um pouco. Primeiro que estamos falando de uma história que se inicia de uma tragédia. A menininha super fofa é sequestrada e assassinada. O mínimo que se poderia sentir do filme já logo no começo seria o foco da dor do pai, Mackenzie com a perda da filha mais nova e os acontecimentos que ocorrem, mas as coisas ficaram muito mornas e confusas. O Sam Worthington que interpreta o Mackenzie foi muito ruim no papel. Tipo muito ruim mesmo. Ele fica apático, não demonstra as emoções reais de um pai que perdeu a filha e sua atuação fica muito abaixo da média. Não vou falar do trabalho do ator em outros longas, mas o fato é que aqui o cara não conseguiu convencer e isso deixou o filme cair bastante na qualidade já que o mesmo gira em torno do pai que aprende lições de vida depois da morte da menina. 

Eu não consegui me comover com ele em nenhum momento e isso foi bem ruim. O erro já começa na escalação dele pra esse papel, o pessoal que cuida disso deveria ter olhado com mais atenção porque dá pra sentir a limitação do ator em demonstrar emoções mais fortes como a dor que o papel exigia. Enfim, a história flui de uma maneira normal e como é de se esperar foca no gênero da religião, nas dúvidas que temos com relação a Deus, a fé, o amor e o perdão.  É nítido quando se assiste ao filme perceber o que mesmo quer passar e se você for do tipo que se emociona ou se envolve muito com sua religião com certeza esse filme não passará em branco pra você. Ele cumpre seu papel. Ele é sutil, leve e as cenas são bem elaboradas dentro da proposta que é o filme. 

Independente da sua religião, A Cabana consegue te fazer parar pra refletir e pensar em certas coisas que você com certeza não pensa com muita frequência. O filme funciona e apesar de ter mais de 120 minutos, o longa corre de uma forma normal e tem um desenvolvimento bacana sem confusões muito grandes, ganchos mal colocados ou finais incompletos.  É uma jornada de espiritualidade onde  se busca a paz interior deixando a dor e a mágoa de lado, podemos trabalhar a paciência e a calma assim como o filme aborda.  Um dos elementos mais comentados do filme foi a escalação de Octavia Spencer, uma atriz muito boa que já foi indicada ao Oscar para interpretar Deus. Muita gente ficou falando que era um absurdo ela interpretar, outros disseram que Deus é homem, outros disseram que escolheram ela por causa de sua cor de pele e muitos outros comentários. Deixando isso de lado, a mulher é fantástica. Ela é muito boa no que faz e a serenidade e leveza que o papel precisava com certeza ela trouxe. 

Eu consegui crer naquilo que o filme me passava, que Deus era uma mulher porque no momento era o que Mackenzie precisava. Deus é tudo pra mim, e acredito que é isso que foi passado no filme. Ele pode ser homem e mulher depende do contexto. Isso é provado quando quase no fim do filme, o mesmo o acompanha até o lugar onde está o corpo de Missy e ai já não é mais Octavia que representa e sim um outro ator que representa como homem já que naquele momento Mackenzie precisa de um pai. E é assim que o filme vai se desenvolvendo, tocando em questões interessantes, te fazendo refletir acima de tudo e não se aprofundando nem ofendendo nenhum tipo de religião. Apesar de algumas coisinhas que me incomodaram é um filme lindo, tocante E QUE SIM DERRUBOU LÁGRIMAS MINHAS. Ah, e tem até umas partes cômicas em algumas cenas e que eu achei muito bem colocadas. Recomendo que assistam e se deixem tocar pela mensagem, pela leveza e pela sensibilidade do mesmo.





Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.




Um comentário:

  1. Eu estou super ansiosa para assistir esse filme mas ainda não tive a oportunidade
    http://toobege.blogspot.com.br/

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