Resenha de Livro: Ninfetamina


Livro: Ninfetamina
Autora : Kaah Araujo
Ano: 2012
Páginas:458
Editora: Baraúna
Nota: 3  de 5

Eu já tinha visto a capa desse livro em algum lugar antes mesmo dele chegar até mim e por sorte consegui te-lo em parceria. Ninfetamina já começa intrigando pelo nome, a capa é linda mas quando se olha o livro de primeira, o meu primeiro pensamento seria ler a sinopse pra ver do que se trata essa palavra tão incomum e o mais interessante é que logo nas primeiras páginas a autora já nos descreve o significado da palavra o que torna tudo mais interessante e combinando com o enredo do livro. O livro em si fala de vampiros. SIM, VAMPIROS. Mas calma, sem preconceitos. Esse livro passa longe de Crepusculo e tem um enredo bem original e inovador nesse assunto de vampiros com relação as histórias já publicadas. A escrita da autora de início me pareceu muito rápida, tanto que os primeiros capítulos pensei que ela tivesse dando uma corrida nas coisas e então eu tive que ler os primeiros capítulos mais de uma vez pra entender o que estava acontecendo de verdade e absorver os acontecimentos e entender os personagens e suas ações. Isso foi uma das coisas que me fez tirar um ponto do livro, acho que faltou algo dentro do livro que prendesse o leitor. Calma, não é um livro ruim, nem que eu não tenha gostado da história. 

Só que até a última página esperei por um ápice e ele não veio apesar de todos os acontecimentos legais que se desenrolam. Por isso mesmo, senti a sensação de uns lapsos durante a leitura o que me fez demorar mais do que o esperado para terminar a história. Na verdade, durante todo o livro foi meio que um combate de sensações entre as cenas o que me fez repensar na história em geral. O livro aborda a história de Stephany, uma garota de 17 anos que mora em Orange Park e tem sua vida modificada quando na mesma noite vê o pai morrer e é atacada por seu ex-namorado que sem ela suspeitar a morde transformando-a nada mais nada menos que em uma vampira. Após contar o acontecimento a sua mãe, a mesma resolve envia-la para Morrisville, na casa de seu tio John, onde aprende a lidar com sua nova vida e com os novos hábitos. Lá ela conhece novas pessoas e tem uma visão totalmente diferente das coisas. Mas tudo é mais complicado do que parece, já que sem saber Stephany está presa em um quarteto sangrento, amoroso e do passado. 

O livro tem muita aventura, muitas coisas a serem descobertas conforme os acontecimentos vão se desenrolando. Uma coisa que gostei bastante foi como a autora situou a história de uma forma muito boa mesmo sendo ambientada fora do Brasil, de uma forma que não ficasse crua e sim convincente. Coisa que eu não sei se conseguiria fazer. Achei muito bacana a forma como ela descrevia os locais com clareza e de uma forma agradável.  É uma boa história que precisou ser mais trabalhada, e talvez melhor observada. Muitas vezes senti que a autora poderia ter retirado algumas palavras, ou trocado algumas como se de algum modo tivesse faltando algo enquanto se lia.Faltou algo para que a história se complementasse e fosse melhor desenvolvida e envolvida pelo leitor já que muitos lapsos ficaram sem sentido durante a leitura. Ninfetamina é um bom livro, porém poderia ter sido muito mais e faltou algo pra chegar ao ápice. Ganha por originalidade na história e alguns personagens. Recomendo que leiam e apoiem a literatura nacional que é sim talentosa e temos essa história como exemplo.


   "Os olhos pontiagudos de Bryan puderam perfurar o grande ponto de interrogação na frente da imagem de Izack Smonfort, que se fazia a mesma pergunta: está? E não que ele pudesse se surpreender com a resposta de Bryan, pois ele já havia se certificado de que se realmente o passado houvesse se limitado ao presente, Bryan sentiria por Stephany o mesmo amor que Rodolf sentia por Annie; o amor doentio e obsessivo."

- Pode me dizer agora o que tem de errado comigo? - estendi meus braços sobre a mesa, esticando meus dedos próximos as mãos dele.
Bryan riu, como se aquilo não fosse sério o bastante para ele.
- Por que está me perguntando essas coisas Stephany?
- Porque você mora com um vampiro. Isso não é um bom argumento para você? - respondi, sem ao menos ter pensando trilhões de vezes antes, ele poderia rir ainda mais.
- Um vampiro? - refletiu ele, encarando-me. - E por que você acha isso? (p. 176)

"... Bryan foi grosseiro, repensei no porquê de ele estar tratando-me assim, ora ele era doce e ora ele se tornava um total amargo, revirado com o mundo. O que realmente havia dado errado naquela noite? Com o aviso de mais uma morte, Bryan pareceu se tornar um monstro."

"Bryan tentou prestar atenção ao rosto de Zack no escuro, descontente, pois estava mais do que consciente que uma série de mortes estava sendo trazida a Morrisville, e não se vangloriou nem um pouco. Talvez ele não pudesse conter isso, a sede de Zack e a vingança sadia de Jessica Camerotte. Os dias de terror estavam mais breves do que ele imaginava."

" Tudo que havia visto e ouvido naquele dia era o suficiente para que eu pudesse acreditar que tudo que pensara esse tempo todo sobre os dois era verdade, uma verdade injusta. Eu estava sendo posta no meio de uma guerra de sangue, mas nunca esperaria que no meio dessa guerra meu sangue, de um passado triste, estivesse também envolvido."


DEPOIS DA MORTE DE SEU PAI, Stephany é obrigada a mudar-se para Morrisville, uma vila situada em Lamoille, Vermont, EUA. Ao desenrolar dos mistérios que começam nesse lugar, Stephany se verá traçada no caminho do romântico Izack Smonfort, do valente Sky Trewan e do irresistível Bryan Control, com quem viverá um amor perigoso.



Um comentário:

  1. Sou suspeita porque AMO livros sobre vampiros! Hahaha. Com certeza vou procurar saber dele! Adorei a resenha!

    http://www.jardimliterario.com

    ResponderExcluir



Topo